Uma dolorosa aprendizagem: espaço (d)e escrita em António Lobo Antunes
DOI:
https://doi.org/10.12957/soletras.2019.43351Palavras-chave:
António Lobo Antunes, Espaço, Negatividade, Re-desterritorialização, EscritaResumo
Este artigo relaciona espaço e escrita nos três livros de estreia do escritor português António Lobo Antunes: Memória de elefante (1979), Os cus de Judas (1979) e Conhecimento do inferno (1980). O objetivo é, partindo das noções de território, desterritorialização e reterritorialização (Deleuze; Guattari, 1980; GUATTARI; ROLNIK, 1986), examinar o trânsito do então médico-psiquiatra Lobo Antunes pelo espaço africano durante a guerra colonial em Angola como aquilo que torna possível a escrita do texto literário ao ensejar, no escritor-em-formação, a conscientização do que Joseph Margolis (1975) definiu filosoficamente como negativities humanas – formas básicas de perda e limitação da vida e do sentido – e que Walter Benjamin (1933, 1936) relacionou à “destruição da experiência”. A análise realizada indica que, simultaneamente à desterritorialização relativa do espaço angolano pela negatividade da guerra colonial processa-se a desterritorialização absoluta do médico-psiquiatra e sua reterritorialização em escritor.
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