O tratamento didático-icônico dado à preposição no Compendio da Grammatica Portugueza accommodado ao uso das Escolas (1861) por Vergueiro e Pertence

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DOI:

https://doi.org/10.12957/soletras.2025.90338

Resumo

Uma obra pode alcançar notoriedade quer pelas críticas positivas quer pelas críticas negativas que ela recebeu ao longo de sua história. Aliás, essas duas formas de recepção crítica fazem parte dos modos de historicização (AUROUX, 2006) do Compendio de Grammatica Portugueza (1861), de Vergueiro e Pertence, haja vista a maneira pela qual Machado de Assis, por um lado, e Julio Ribeiro, por outro, adotaram posições diferentes em tempos diferentes com relação ao modo de entender e recepcionar esse compendio de gramática, que, para além das posições de ambos os críticos, se mostra hoje uma gramática escolar com ideias didáticas bastante avançadas não só para a época de sua publicação como também para a nossa própria época, principalmente, no que diz respeito à explicação dada pelos autores do compêndio à preposição. Pretendo proceder neste trabalho a uma reflexão sobre essas questões e sobre as contribuições que esta gramática pode oferecer não só para os modos de historicização quanto para a aplicabilidade do conceito de horizonte de prospecção, ainda hoje em debate.  A pesquisa foi desenvolvida com base nos princípios teóricos da História das Ideias Linguísticas (Auroux 1992, 2006, 2008; Colombat; Fournier; Puech 2017), especialmente, com base nessas duas categorias referidas. 

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Publicado

2025-04-30

Edição

Seção

Dossiê 51: Perspectivas históricas nos estudos linguístico-gramaticais