Estudo comparativo do uso dos verbos esquecer(se) e lembrar(se) em jornais do século XIX e XXI
DOI:
https://doi.org/10.12957/soletras.2025.90140Resumo
A pesquisa teve por objetivo realizar um estudo comparativo da(s) regência(s) dos verbos esquecer(-se) e lembrar(-se) em jornais do século XIX e do século XXI. Como aporte teórico nos baseamos em Faraco (1997) e nos gramáticos Brandão (1888), Brandão (1963), Luft (1976, 2008) e Cunha e Cintra (2017). Como metodologia, coletamos estruturas nas quais ocorreram os verbos sob análise em jornais de cada sincronia. Em seguida, foram feitas análises qualitatitava e quantitativa, em cada sincronia, para cada verbo separadamente, e depois os resultados apurados foram comparados entre os séculos. Verificamos que, de maneira geral, nestes corpora, a forma simples não pronominal – de ambos os verbos - foi preferida pelos redatores ao longo do tempo, especialmente a do lembrar(-se). Este verbo aparentou ter sofrido alguma mudança com o tempo, pois a forma simples com complemento direto (VTD) que hoje é reconhecida como padrão da língua, ao lado da forma pronominal, não esteve registrada nos manuais da sincronia pretérita consultados, e, por isso, pareceu-nos se tratar de uma variante estigmatizada e inovadora à época. Além disso, com exceção desse caso, deve-se pontuar que, em ambos os períodos, os desvios às normas mostraram-se bastante contidos para que se pudesse falar em mudança.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
A aprovação dos artigos implica a cessão imediata e sem ônus dos direitos de publicação nesta revista. O(s) autor(es) autoriza(m) ao Programa de Pós-graduação em Letras e Linguística (PPLIN) a reproduzi-lo e publicá-lo na revista SOLETRAS, entendendo-se os termos “reprodução” e “publicação” conforme definição do artigo 5° da Lei 9610/98. O(s) autor(es) continuará(rão) a ter os direitos autorais para publicações posteriores. O artigo poderá ser acessado pela rede mundial de computadores (http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/soletras), sendo permitidas, a título gratuito, a consulta e a reprodução de exemplar do artigo para uso próprio de quem o consulta. Casos de plágio ou quaisquer ilegalidades nos textos apresentados são de inteira responsabilidade de seus autores.