Análise dos ditongos e dos hiatos nasais do português antigo
DOI:
https://doi.org/10.12957/soletras.2025.89483Palavras-chave:
Português arcaico. Cantigas medievais galego-portuguesas. Vogais nasais. Ditongos. Hiatos.Resumo
O objetivo desta pesquisa é investigar as sequências de vogais nasais do português da etapa medieval, analisando quais dessas sequências eram hiatos e quais eram ditongos, além de verificar o porquê de muitos ditongos do português brasileiro atual se configurarem como hiatos no período histórico em questão. Este estudo adotou como corpus um recorte composto por 250 cantigas galego-portuguesas e visa, portanto, determinar quais sequências de vogais nasais eram hiatos/ditongos por meio da análise da métrica e da rima dos poemas medievais. A estrutura das sílabas das palavras daquela época também será objeto de estudo, visando estabelecer a natureza da nasalização das vogais da língua trovadoresca. Os dados coletados nas composições mostram que as sequências de vogais nasais do português arcaico se configuravam como hiatos. Portanto, naquela época, não havia ditongos nasais, pois as vogais nasais eram constituídas por uma vogal somada a um segmento consonantal nasal. Assim, as vogais nasais da língua arcaica não podiam ser interpretadas como intrinsecamente nasais, já que eram o resultado do espraiamento do traço nasal de uma consoante não especificada, posicionada na coda da sílaba.
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