Medo, horror e um corpo (de)colonial no conto “Lorena”, de María Fernanda Ampuero

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/soletras.2024.86682

Resumo

A temática deste trabalho comporta a violência doméstica, as leituras pós-coloniais revistas na decolonialidade e como tais são abordados na escrita literária. Parte-se do pressuposto de que a violência contra as mulheres, em países que guardam as marcas da colonização, mantém a acepção da crueldade colonial. Destaca-se o conto Lorena, que compõe a coletânea Sacrifícios humanos (2022), da equatoriana María Fernanda Ampuero (1976), pelo fato de apresentar a história de uma moça latino-americana, que se casa com um mexicano, e a partir de então fica à mercê de um cenário doméstico de horror e medo. Objetiva-se a comprovação da hipótese a partir de leituras sobre a decolonialidade, conceito que ultrapassa os estudos sobre pós-colonialismo pelo fato de tensionar as concepções epistêmicas coloniais que ainda se mantêm. O referencial teórico perfaz um entendimento histórico sobre corpos femininos subjugados, com texto de Gerda Lerner (2019); aborda leituras de Susana de Castro (2020) e José Carlos Gomes dos Anjos (2023) como apoio para se entender decolonialidade e feminino; Noël Carroll (1999) para uma abordagem da estética do horror na literatura, além de outros devidamente referenciados.
Palavras-chave: Horror; Corpo feminino; Decolonialidade; Literatura latino-americana.

Downloads

Publicado

2024-12-28

Edição

Seção

Dossiê 50: Feminismos Decoloniais e Teoria Literária: outros percursos críticos