Matriarcado e poder feminino na cultura africana: uma análise histórica das doutrinas de Ñsimba Vita e seu impacto social no Kongo na virada do século XVII para o XVIII
DOI:
https://doi.org/10.12957/soletras.2025.86424Resumo
O matriarcado nas comunidades africanas é um sistema organizacional que fortalece o papel das mulheres sem as construções binárias e hierárquicas de gênero prevalentes na cultura ocidental. Este texto é parte de um capítulo da pesquisa em andamento para a tese de Doutorado em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. O estudo visa explorar epistemologias anti-coloniais além das questões de gênero ocidentais, destacando o matriarcado como um espaço de poder e resistência das mulheres na África. Metodologicamente, utilizamos a abordagem qualitativa para investigar questões e problemáticas nas ciências humanas, integrando os estudos multidisciplinares em Educação, Sociologia e História Cultural para alcançar os resultados da pesquisa. Nesse contexto, revisitamos a história de liderança de Ñsimba Vita, que estrategicamente fundou um movimento político e religioso e se destacou como defensora do povo Bakongo através de doutrinas de libertação e restauração política. Sua coragem incansável ao desafiar o sistema político e religioso, apesar de ser uma mulher nobre, a consagra como uma heroína mukongo, intensificando a resistência contra a invasão colonial ocidental na África Central durante a transição do século XVII para o XVIII.
Palavras chaves: Matriarcado. Ñsimba Vita. Liderança. Kongo. Angola.
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