A ética na escrita e o empenho da literatura infantojuvenil na formação de leitores críticos: a obra de Georgina Martins

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DOI:

https://doi.org/10.12957/soletras.2024.85467

Resumo

O trabalho analisa os rumos tomados pela literatura que apresenta à criança problemas e conflitos sociais e questões humanas contundentes. Com o objetivo de provocar a discussão sobre a defesa de uma ética norteadora da criação, apresento as propostas defendidas pela escritora e educadora Georgina Martins e analiso obras em que procurou concretizá-las; como: Ave do Paraíso (2019), Uma maré de desejos (2005), Minha família é colorida (2005), O menino que brincava de ser (2000 e Tudo por você (2012). Artigos jornalísticos, resenhas críticas e crônicas radiofônicas dirigidas a um público infantojuvenil de Walter Benjamin, assim como estudos que abordam criticamente a história da literatura para crianças, de Leonardo Arroyo e Marc Soriano, servem de ponto de partida para situar a permanência, em diferentes contextos culturais e períodos, de tendências estéticas e questões educacionais em torno do gênero. Outra referência importante foi o ensaio publicado por Georgina Martins, analisando a concepção de narrador em obras de três escritores brasileiros contemporâneos que abordam a miséria dos proletários brasileiros. Esse artigo ensejou o paralelo entre as posições defendidas por Georgina Martins e as críticas ao naturalismo e ao formalismo de Georg Lukács em certa etapa de sua trajetória.

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Publicado

2024-08-30

Edição

Seção

Dossiê 49: Literatura Infantil e Juvenil contemporânea: inquietações e metamorfoses