O rap de autoria indígena: descolonizando currículos e saberes nas aulas de língua portuguesa

Autores

  • Marcela Martins de Melo Fraguas Colégio Universitário Geral Reis - COLUNI (UFF)

DOI:

https://doi.org/10.12957/soletras.2024.83355

Resumo

No presente artigo, analisa-se o rap “Demarcação Já – Terra Ar Mar”, do rapper indígena  Owerá, com participação do rapper Criolo. Pretende-se que as discussões apresentadas contribuam para o ensino crítico,  reflexivo e descolonial de língua portuguesa. O videoclipe do rap também foi observado, de modo a destacar a importância de que outras formas de produção de sentido, não restritas ao emprego da norma padrão, verbal e escrita, socialmente valorizada, sejam consideradas. Adotou-se, além disso, a perspectiva da interculturalidade crítica, como forma de integração de sujeitos historicamente subalternizados nos currículos. Embasam teoricamente este estudo, as considerações acerca de modernidade/colonialidade trazidas por Mignolo (2017), Quijano (2005), Walsh (2009, 2013), de autoria indígena, por Portela e Nogueira (2016), do movimento cultural hip-hop, por Souza (2011), da identificação com o rap por grupos indígenas, por Nascimento (2014), entre outros. Os resultados evidenciam a relevância da inclusão das produções dos próprios autores nos currículos. Considera-se, portanto, que temas, gêneros textuais e autores, frequentemente, marginalizados devem ser postos em relevo, em prol de uma formação voltada para a descolonização de saberes e para a justiça social. 

 

Palavras-chave: Ensino de língua portuguesa. Descolonialidade. Autoria indígena. Rap. 

Downloads

Publicado

2024-04-30

Edição

Seção

Dossiê 48: Epistemologias e praxiologias decoloniais nos estudos de línguas/linguagens e na educação linguística