A invenção da língua e suas maquinações: educação linguística, colonialidade e racismo
DOI:
https://doi.org/10.12957/soletras.2024.83215Resumo
Resumo
O objetivo específico deste artigo é questionar as bases e diretrizes que perpassam o ensino de línguas estrangeiras, tratando de problematizar o conceito de linguagem, e com isso compreender o que ela representa num cenário global, e as implicações locais dessas representações. O principal problema/questão está relacionado com a proposição tendenciosa que fundamenta o Ensino de Inglês para Falantes de Outras Línguas, entendendo-o como uma prática colonial e, portanto, epistemologicamente e linguisticamente racista. Para tanto, utilizaremos um debate teórico que questiona a noção tradicional de Linguagem oriunda da Lingüística, considerando a visão da Linguagem como uma invenção. A partir disso, a discussão conduzida situa as práticas relacionadas à Linguagem sob uma perspectiva que considera outras visões de linguagem, como práticas sociais móveis e multiglóssicas. Como resultado, esse ponto focal nos permite trazer essa discussão para o campo da Raça e do Ensino de Línguas, da ideia de Lócus de Enunciação e do deslizamento que ela acarreta para uma Educação Linguística Antirracista. A pesquisa aponta que o TESOL é altamente superado por perspectivas racistas de linguagem, que estão alinhadas com a colonialidade e suas características de dominação em relação ao conhecimento, aos seres e às línguas.Uma implicação do estudo para a área é que ele destaca como a colonialidade tem como base para sua perpetuação a racialização dos corpos, e que o ensino de línguas, especialmente o ensino de inglês, faz parte dessa agenda, pois é tomado como um bem, uma mercadoria, que classifica e divide as pessoas nas zonas de ser e não ser.
Palavras- Chave: Linguística Aplicada, Língua, Racismo, Ensino de Línguas
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