Projetos de letramento: praxiologias decoloniais para formação antirracista de professores de línguas
DOI:
https://doi.org/10.12957/soletras.2024.83176Resumo
Este artigo visa socializar um Projeto de Letramento que se destaca pela integração entre o letramento do professor e a decolonialidade (Marques, 2016; Kleiman, 2005; 2007; 2010; Mignolo, 2008). Especialmente focado na formação crítica e antirracista de professores de línguas, o projeto desafia a suposta neutralidade ideológica nas práticas educativas, defendendo a necessidade de uma nova epistemologia que subverta a opressão racial e cultive a justiça social, alinhando-se aos postulados de Pennycook (2001). De abordagem qualitativa e natureza aplicada, este artigo emprega uma metodologia que se volta à análise de eventos de letramento. Nestes eventos, foram empregados dispositivos de formação, como os Círculos de Cultura (Freire, 2019b) e Diários de Leitura, que estimulam a reflexão crítica sobre racismo e identidade racial. Esta reflexão é fundamental, pois o projeto evidenciou que a integração dessas práticas de letramento, com ênfase na reflexão sobre questões raciais sob uma lente decolonial, contribui de maneira efetiva para a transformação de educadores em formação. A pesquisa revelou a importância de desenvolver uma consciência crítica entre os futuros educadores, principalmente no que tange ao racismo estrutural e à reflexão sobre suas próprias posições dentro deste contexto. Desta forma, conclui-se que a incorporação da praxiologia decolonial ao letramento do professor não é apenas vital para uma formação que busque equidade racial e justiça social, mas também serve como um instrumento desafiador dos padrões sociais hegemônicos, promovendo, assim, uma educação transgressiva.
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