Variedades linguísticas do guineense: por um debate crítico sobre educação linguística em Guiné-Bissau
DOI:
https://doi.org/10.12957/soletras.2024.82778Resumo
A partir da experiência de Paulo Freire com a educação popular de adultos em Guiné-Bissau, nos anos 1970, esse artigo se propõe a problematizar a diversidade linguística como um fator de enriquecimento cultural. Com esse intento, a partir de uma lógica decolonial e tendo a Sociolinguística Educacional como pilar teórico, o mosaico sociolinguístico de Guiné-Bissau é brevemente exposto, com ênfase no debate acerca de três variedades da língua guineense, a saber: o guineense aportuguesado, o guineense com traços de fula e o guineense com traços de balanta. Nesse sentido, foram entrevistados falantes dessas variedades, para entender seus processos de educação linguística e para observar se foi submetido a preconceito linguístico ao longo de sua escolarização. Constatou-se, assim, que na medida em que a língua portuguesa é a que mais goza de prestígio no país, quanto mais o falante de guineense se aproxima dela, menos preconceito sofre na sociedade. No entanto, uma escolarização que visa à emancipação humana, como preconiza Paulo Freire, poderia fazer frente a essa perspectiva linguística excludente.
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