O duplo, a dança e a queda em dois inícios de século
DOI:
https://doi.org/10.12957/soletras.2015.20013Palavras-chave:
Duplo. Dança. Queda. Fins de século. Diálogo interartesResumo
Partindo da acepção barthesiana de que a literatura – espaço plural no qualconvergem muitas linguagens – é uma “Babel feliz”, este texto visa perscrutar as figuraçõesdo duplo, da dança e da queda nos universos artísticos de Darren Aronofsky e de Mário de Sá-Carneiro. Metalinguísticos por excelência, os temas do duplo, da dança e da queda sãorepresentativos dos discursos finissecular e moderno, que se querem também eles uma espéciede exercício crítico sobre a arte e os seus possíveis modos de execução. Alegorizados nomergulho no fundo do abismo em Baudelaire, na descida ao inferno em Rimbaud e na nãomenos abismal experiência do fundo de um naufrágio em Mallarmé, estes temas sãorevisitados ainda na modernidade inaugural do século XX, convertendo-se eles próprios nummodo de pensar a arte e o artista modernos. Ao entrecruzar as linguagens cinematográfica eliterária, este artigo aproxima muito especialmente a cena final do filme O cisne negro (2010),de Darren Aronofsky, e o conto Asas (1914), de Mário de Sá-Carneiro, sinalizando destemodo o quanto uma obsessão finissecular – que é a da coincidência do alcance da perfeiçãocom o momento da necessária autoconsumição do artista – é ainda vigente neste princípio doséculo XXI, tempo herdeiro de dois fins de século.
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