Significantes vazios e identificações:
discursos curriculares pernambucanos
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2024.86719Palavras-chave:
educação básica, identificação, pós-estruturalismo, produção curricular, teoria do discursoResumo
Este artigo apresenta uma investigação exploratória sobre propostas curriculares para a Educação Básica no Estado de Pernambuco. Utilizando a perspectiva discursiva de Laclau e Mouffe, temos como objetivo compreender como as identificações são formadas no contexto educacional pernambucano, destacando os valores que emergem e são articulados ao currículo escolar. A análise concentra-se no Plano de Governo 2023-2026 da governadora eleita Raquel Lyra. Partimos da premissa de que a política educacional funciona como um espaço de produção de significantes vazios, termos simbólicos impossíveis de significação imediata, visto sua ambiguidade e construção em cadeias de equivalência. Concluímos que o poder das retóricas hegemônicas e da proposta de governo analisada é alcançado e sustentado pelo caráter ideológico do discurso, pois, embora os significantes vazios possam parecer ambíguos e imprecisos, é justamente sua indefinição que lhes confere poder nos processos de identificação. Compreendemos que, na Educação Básica, os objetivos de uma vivência curricular democrática ultrapassam a aquisição de conteúdos e valores neoliberais, supostamente universais, ou o aprendizado acadêmico meramente orientado para a obtenção de habilidades e competências voltadas à inserção no mercado de trabalho. Nessa direção, podemos discutir a relação entre o discurso e as construções curriculares, enfatizando a educação na perspectiva da democracia radical.
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