Jacinta Maria de Santana:

uma mulher negra mumificada pela/na história da educação e das ciências

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/teias.2024.84126

Palavras-chave:

mulheres negras, branquitude, colonialidade, história das ciências, história da educação

Resumo

Este artigo apresenta o caso da mumificação, exposição e violências contra o corpo da jovem negra Jacinta Maria de Santana ocorrido na Faculdade de Direito de São Paulo no início do século XX. Este episódio, ao mesmo tempo em que produziu o esquecimento e a invisibilidade de Jacinta, promoveu o homem branco, cientista e catedrático responsável por sua mumificação, que teve o nome consagrado de múltiplas formas. Os documentos aqui analisados são provenientes de periódicos publicados no período, dentre os quais se destacam os jornais da Imprensa Negra Paulista. Este artigo promove reflexões sobre a suposta neutralidade da ciência e dos arquivos a partir dos quais se escreve a História, indica a importância de se pensar uma história da educação da branquitude e convida a refletir a respeito das formas contemporâneas de mumificação, em todos os possíveis significados, das mulheres negras nos espaços de educação e produção de conhecimento.

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Publicado

10-08-2024

Como Citar

BERIMBAU, Mariana do. Jacinta Maria de Santana:: uma mulher negra mumificada pela/na história da educação e das ciências. Revista Teias, Rio de Janeiro, v. 25, n. 78, p. 31–47, 2024. DOI: 10.12957/teias.2024.84126. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/revistateias/article/view/84126. Acesso em: 8 out. 2024.

Edição

Seção

As gentes na História da educação: das margens dos rios às periferias urbanas