Jacinta Maria de Santana:
uma mulher negra mumificada pela/na história da educação e das ciências
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2024.84126Palavras-chave:
mulheres negras, branquitude, colonialidade, história das ciências, história da educaçãoResumo
Este artigo apresenta o caso da mumificação, exposição e violências contra o corpo da jovem negra Jacinta Maria de Santana ocorrido na Faculdade de Direito de São Paulo no início do século XX. Este episódio, ao mesmo tempo em que produziu o esquecimento e a invisibilidade de Jacinta, promoveu o homem branco, cientista e catedrático responsável por sua mumificação, que teve o nome consagrado de múltiplas formas. Os documentos aqui analisados são provenientes de periódicos publicados no período, dentre os quais se destacam os jornais da Imprensa Negra Paulista. Este artigo promove reflexões sobre a suposta neutralidade da ciência e dos arquivos a partir dos quais se escreve a História, indica a importância de se pensar uma história da educação da branquitude e convida a refletir a respeito das formas contemporâneas de mumificação, em todos os possíveis significados, das mulheres negras nos espaços de educação e produção de conhecimento.
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