Kim Jiyoung, nascida em 1982:
onda coreana, apropriações de professoras e criação de currículos não sexistas
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2025.83452Palavras-chave:
Hallyu, produtos culturais sul-coreanos, apropriação de professoras, criação de currículos não sexistasResumo
Este texto se ocupa da análise de uma proposta em ensino e pesquisa realizada em um curso de doutorado em educação no estado do Rio de Janeiro no primeiro semestre de 2023. A atividade consistiu na leitura do livro Kim Jiyoung, nascida em 1982, da escritora feminista sul-coreana Cho Nam-Joo, e na exibição do filme com o mesmo título, seguidas de debates. As discussões foram gravadas, com consentimento das participantes, e esse material constituiu o corpus da pesquisa. A partir do procedimento metodológico das conversas, o objetivo foi pensar com as narrativas das apropriações realizadas possibilidades para a criação de currículos. A experiência se insere no contexto de uma investigação mais ampla sobre a Hallyu e a educação. Situa a disseminação das produções culturais da Coréia do Sul no seio do capitalismo cultural, cujas características concentram-se na circulação de bens culturais, serviços e informação, exigindo investimentos dos setores público e privado. Foca-se nas apropriações feitas pelas estudantes-professoras, em operações de identificação, recusa e negociação a partir de um imaginário individual e coletivo cada vez mais alimentado pelas mídias. Atenta para os processos de formação que se engendram com essa prática de uso e ressignificação do que é imposto pelo mercado, os descentramentos culturais que operam e os processos curriculares que inspiram. Aponta que as narrativas fabuladas pelas estudantes-professoras, com e a partir dessa apropriação, são potentes para pensarmos os currículos praticados nos cotidianos das redes educativas, incluindo as escolas, assim como para a criação de currículos não sexistas possíveis.
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