O que mudou na educação de jovens e adultos no Brasil pós-ditadura?

Entre o direito proclamado e o financiamento sistematicamente negado

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/teias.2014.82641

Palavras-chave:

educação de jovens e adultos, financiamento da educação, políticas públicas em educação

Resumo

A literatura mostra que, em toda a história da educação brasileira, a educação de jovens e adultos (EJA) ocupa um lugar marginal no âmbito das políticas públicas. Em geral, a modalidade é relegada a ações e programas fragmentados que não se constituem como políticas de Estado. Este trabalho buscou, a partir de revisão da literatura e da legislação, revisitar o histórico de políticas voltadas à EJA a partir do processo de redemocratização, iniciado em 1985, até os dias atuais. A análise nos permitiu reforçar o entendimento de que a subalternidade da modalidade é atravessada, substancialmente, pela falta de financiamento adequado. Ainda que o direito à EJA seja assegurado pela Constituição Federal, conclui-se que este ainda não foi concretizado, mesmo com a inclusão da modalidade na política de fundos. Portanto, é urgente um maior comprometimento por parte dos entes federados, em especial da União, para que este direito seja garantido aos milhões de jovens e adultos que o tiveram negado.

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Publicado

23-05-2024

Como Citar

FERNANDA DE FREITAS, Bárbara; DE REZENDE PINTO, José Marcelino. O que mudou na educação de jovens e adultos no Brasil pós-ditadura? Entre o direito proclamado e o financiamento sistematicamente negado. Revista Teias, Rio de Janeiro, v. 25, n. 77, p. 53–68, 2024. DOI: 10.12957/teias.2014.82641. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/revistateias/article/view/82641. Acesso em: 2 maio. 2025.

Edição

Seção

Aprender ao longo da vida — direito humano, direito social e subjetivo, formação política: (inter)faces da educação no Brasil e no mundo