Aprendizagem infindável e perda de prestígio das instituições de ensino superior
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2024.82526Palavras-chave:
aprendizagem ao longo da vida, empregabilidade, neoliberalismoResumo
O objetivo do artigo é analisar como os sujeitos trabalhadores atualmente são direcionados para uma constante renovação de habilidades por meio de uma aprendizagem infindável. Mais especificamente, pretende-se mostrar as estratégias para a constituição de sujeitos que buscam na aprendizagem ao longo da vida um meio de permanecer no mercado. A empiria é constituída por matérias do jornal Valor Econômico e entrevistas com quatro trabalhadores. A análise identifica e discute estratégia argumentativa que afirma que as instituições de ensino superior já não conseguem assegurar uma aprendizagem que garanta a permanência no mercado de trabalho. A partir dessa estratégia, são apresentados três focos de análise: a redefinição dos papéis e atribuições dos professores, a constituição de um aprendiz ativo e autônomo e, por fim, a necessidade de que essa aprendizagem seja mediada por tecnologias digitais. É perceptível uma convergência entre os enunciados presentes nas matérias do jornal e nas entrevistas, mostrando que a mídia e os indivíduos compartilham de um mesmo regime de verdade acerca de uma aprendizagem que capacita para o trabalho.
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