Sofrimento ético-político e interdição do direito à educação de jovens e adultos
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2014.82495Palavras-chave:
sofrimento ético-político, direito à educação, educação de jovens e adultosResumo
Este artigo é resultado de uma pesquisa que objetivou compreender emoções e sentimentos relatados por jovens, adultos e idosos que sofreram interdições no direito à educação em qualquer fase de suas vidas. O estudo focalizou a entrevista realizada com uma mulher negra e pobre, moradora de um Assentamento no Rio de Janeiro. A investigação adotou a categoria analítica sofrimento ético-político e a interface entre gênero, raça e classe como mediação na análise da dor e sofrimento causados pela negação do direito à educação. A pesquisa adotou abordagem qualitativa e valeu-se da entrevista compreensiva como meio para conhecer histórias de vida perpassadas pela negação de direitos. O estudo revelou o sofrimento provocado pela espoliação humana, afetando direitos fundamentais e a subjetividade da entrevistada. Permitiu concluir ainda que a interdição do direito à educação é um estado complexo que faz confluir o pensar, o sentir e as determinações sociais que resultam no não respeito à dignidade humana.
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