Reflexão sobre a formação do docente para a EJA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/teias.2024.82305

Palavras-chave:

educação de jovens e adultos, formação inicial, alfabetização

Resumo

Este artigo tem como foco refletir sobre o papel da formação do docente para a educação de jovens e adultos (EJA) nas campanhas de alfabetização. Como a EJA se torna modalidade de ensino somente em 1996, por meio da LDB, a formação de professores para essa área não era prioridade. As companhas de alfabetização no Brasil tiveram seu início na década de 1940 e mesmo nas décadas posteriores, muitos governantes, continuaram a acreditar que o Brasil poderia erradicar o analfabetismo por meio de campanhas e programas de alfabetização. Segundo as referências documentais e bibliográficas que nos subsidiaram, a campanha mais cara e com pouco sucesso, foi o MOBRAL, que durou aproximadamente dez anos. Em seguida tivemos a Fundação Educar. Nos anos 1990 tivemos surgiram vários programas para erradicação do analfabetismo nos municípios brasileiros, o mais estudado foi o Programa Alfabetização Solidária, que tinha muita semelhança com as campanhas anteriores. A campanha mais recente foi a Brasil Alfabetizado, que não evoluiu nada em relação aos docentes e as concepções de leitura e escrita. Para esses programas e campanhas qualquer ser humano pode alfabetizar, não havendo necessidade de habilitação em nenhuma licenciatura. Nossos resultados apontaram que apesar de ter existido várias campanhas e programas de alfabetização na história da educação de jovens e adultos, podemos afirmar que não houve preocupação com a formação inicial e continuada dos professores de EJA, e esta quando se dava, acontecia de forma rasa, para ensinar pessoas leigas e estudantes da graduação para atuar nos projetos.

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Publicado

23-05-2024

Como Citar

Cicci Romero, M., & dos Santos, S. M. (2024). Reflexão sobre a formação do docente para a EJA. Revista Teias, 25(77), 295–305. https://doi.org/10.12957/teias.2024.82305

Edição

Seção

Aprender ao longo da vida — direito humano, direito social e subjetivo, formação política: (inter)faces da educação no Brasil e no mundo