Corpo-mulher amazônida
pesquisadoras na Filosofia da diferença
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2024.80279Palavras-chave:
mulher, pesquisa, filosofia da diferençaResumo
Esse ensaio objetiva problematizar a existência da mulher e pesquisadora, reafirmando a existência duma multiplicidade de vidas no grupo de estudo e pesquisa Vidar In-tensões, na perspectiva da Filosofia da diferença. Como escrever um corpo-mulher amazônida que pesquisa alinhada à diferença? De que modos se escrever enquanto corpo-mulher pesquisadora que escapa às posições e coordenadas localizáveis? Beleza e delicadeza compõem um feminino instituído num tempo disciplinar em que este corpo segue preso no interior de poderes, limitações, proibições e obrigações. Esses elementos ainda não se encerraram para a mulher e se instalam na sociedade como modo de fabricação da imagem do feminino sensualizado, objetificado, subvalorizado, docilizado e recatado. Suspeitamos dessas verdades e nos posicionamos como mulheres-pesquisadoras no viés do Devir da Filosofia da diferença, enquanto filosofia da multiplicidade e construção incessante que assume uma fluidez provocativa à invenção de conceitos. O texto articula-se à ferramenta da escrita de si foucaultiana, ao assumir o escrever-se enquanto criação de si, multiplicação de formas de vida de mulheres amazônidas que pesquisam nas fronteiras da diferença. Rodamos nossas próprias vidas com o grupo Vidar In-tensões, em atos de si consigo e com outros(as), em fugas dos instituintes do que podemos e devemos ser. Neste, mobilizamo-nos em processos formativos docentes por entrevias menores, clandestinidades, nomadismos, geramos pesquisas femininas desimportantes, desinteressantes, desqualificadas para homens doutos e dialogamos, acontecemos, encontramo-nos no (re)existir na universidade enquanto mulheres-pesquisadoras na Filosofia da diferença. Seguimos como brecha nos espaços mais fechados, num devir-mulher em transformação de si em zona de vizinhança.
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