Os organismos internacionais e a educação ao longo da vida:
ambiguidades do conceito e sua materialização na EJA do estado do Espírito Santo
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2024.79733Palavras-chave:
educação ao longo da vida, EJA, organização dos estados ibero-americanosResumo
Este artigo problematiza como a Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI, 2011, 2014) a Unesco e o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) têm influenciado a política para a EJA no Brasil e no Espírito Santo – ES, de modo que a política local se faz em continuidade da política orientada para a América Latina. Toma-se para o debate o conceito de Educação ao Longo da Vida (ELV), que se destaca nos textos internacionais e é incorporado à política nacional e local. O pensamento de Gramsci é tomado como fundamento em sua concepção de educação. De abordagem qualitativa, a opção metodológica envolve a análise documentalA análise do material selecionado aponta que há menções dos documentos produzidos pela OEI no texto da política para a EJA no ES. Essa influência se confirma pelas apropriações de algumas orientações internacionais, em detrimento de outras. Os objetivos traçados internacionalmente se revelam, em termos locais, no alinhamento da EJA à BNCC, na inserção de itinerários formativos e em mudanças estruturais na modalidade, deixando em segundo plano políticas de prevenção do abandono escolar no ensino básico e a promoção de abordagens educativas para jovens e adultos no horizonte de uma educação crítica e transformadora.
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