Produção curricular brasileira e suas interlocuções com a EPT e o currículo integrado

Resumo

Este trabalho apresenta uma discussão sobre a produção curricular brasileira na conjuntura neoliberal, analisando as influências desta na configuração da Educação Profissional e Tecnológica (EPT). Diante disso, desenvolveu-se um panorama sobre o tema da integração curricular, apresentando a instabilidade dos movimentos de integração e desintegração curriculares para o público dos Institutos Federais de Educação. Propõe-se, ainda, a dispersão das posições-sujeito que, conforme Laclau (2011), incitam novas formas de produção curricular que não estão necessariamente atreladas ao campo produtivo e às bases de pensamento progressista moderno. Na sequência, analisou-se as principais políticas curriculares da EPT brasileira no que tange às práticas articulatórias produzidas na negociação de sentidos para a implementação da integração curricular. A pesquisa é qualitativa e, como metodologia, foi usado um estudo bibliográfico. O artigo apresenta o debate na área da educação, centrado nas relações com a sociedade. Concluiu-se que a integração curricular está ligada a um conceito mais amplo de educação democrática, partindo dos problemas reais que incitam a participação dos estudantes na exposição das suas próprias experiências. E é nesta concepção que se assenta o entendimento de currículo justo: aquele que se abre à amplitude e ao apelo às práticas democráticas, configurando-se como um aspecto crucial da concepção do currículo integrado.