Políticas curriculares municipais de educação infantil: uma análise dos materiais pedagógicos
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2024.70275Palavras-chave:
currículo, educação infantil, materiais pedagógicosResumo
Este artigo compõe os resultados de uma pesquisa interinstitucional que possui como amostra dez Secretarias Municipais de Educação do estado do Rio de Janeiro (SME) e tem como objetivo analisar materiais pedagógicos compreendendo que estas propostas revelam concepções de currículo na Educação Infantil (EI). A tradição dos contextos escolares de atendimento às crianças pequenas tem compreendido e vivido o currículo como prescrição, como um conjunto de conhecimentos que devem ser transmitidos às crianças visando um suposto progresso, sem considerar os sujeitos envolvidos no processo educativo, com suas histórias e desejos. O trabalho se debruça sobre as seguintes questões: O que se espera que as crianças aprendam? Como trabalhar com as crianças pequenas considerando seus contextos sociais heterogêneos e seus saberes diversos? Quais noções de criança e infância marcam os currículos? O que compõe o currículo da EI? O resultado das análises dos materiais pedagógicos destinados à Educação Infantil, produzidos no período de março a setembro de 2020, disponibilizados nas redes sociais e sites dos municípios pesquisados, devido ao contexto da pandemia, possibilitou refletir sobre três temas: Escola dentro de casa: uma oportunidade de reflexão sobre currículo; Institucionalização e Ensino Infantil; Autonomia e autoria na construção dos materiais pedagógicos. Embora a produção do acervo, composta por um banco de 811 imagens, tenha ocorrido durante a pandemia, o trabalho compartilha da hipótese de que esses achados pouco diferem da tradição da EI já problematizada em outros estudos.
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