Surdos migrantes na escola: questões de inclusão e direitos humanos linguísticos
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2022.66089Palavras-chave:
migração e refúgio, surdez, Roraima, direitos humanos linguísticosResumo
No presente artigo faz-se uma relação entre migração e surdez, focalizando principalmente o caso dos surdos migrantes venezuelanos no estado de Roraima. São apresentados um panorama da migração venezuelana em Boa Vista e alguns aspectos da educação para essa parcela da população. Apresenta-se ainda um caso de programa extensionista voltado para a assistência aos surdos migrantes e que valoriza a língua de sinais do migrante. Como objetivo do trabalho, demonstram-se as implicações possíveis para o campo dos estudos migratórios com a atenção voltada para a especificidade das comunidades surdas que migram. Os resultados indicam uma ainda total ausência de políticas linguísticas e educacionais voltadas para migrantes e refugiados surdos, o que demanda um repensar das práticas das escolas que buscam uma inclusão ainda alijada, pautada na ideologia do monolinguismo das línguas de acolhimento. Nesse ponto, invocam-se as premissas dos direitos humanos linguísticos e as frentes possíveis e passíveis de atuação para uma escola que realmente abra as portas para a população de surdos migrantes no Brasil.
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