Em rodas de memórias: As africanidades em infâncias

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/teias.2023.64866

Palavras-chave:

Tradições e Sociedades Orais, Memória Ancestral, Educação Tradicional, Infâncias Oralizadas

Resumo

Este artigo é o resultado de uma das muitas rodas de conversa que compõem a dissertação de mestrado: “Rodas e fogueiras aos pés das grandes rochas - onde a escuta precede a fala: um exercício de escuta de múltiplas tradições orais do oeste africano”. Rodas de conversas que reuniram diversas vozes ao redor de fogueiras ancestrais e rochas milenares, e que aos poucos, nos levaram a compreender como a oralidade e o papel dos mestres das tradições orais se presentificam na constituição do ser humano e das sociedades. Aceitaram o nosso convite, vozes da velha e da jovem África, vozes de algumas das civilizações negras tradicionais do oeste africano, mais especificamente, da região sudano-saheliana. A dissertação dialogou com algumas obras do filósofo africano Amadou Hampâté Bâ e outros autores e autoras africanos, assim como com o djeli Sotigui Kouyaté e outros djeli e contadores de histórias da tradição do Manden. Por fim, encontros com africanos da região sudano-saheliana - estudantes, professores e contadores de histórias - acabaram por delinear a relevância da transmissão oral, dos mestres tradicionais e dos espaços formativos tradicionais nos dias atuais. Fruto de uma escuta ampliada pautada no protagonismo africano, o presente artigo configura-se num grande encontro - uma roda de conversa que se desdobra a partir de outras rodas – e pauta-se nas narrativas dos meus interlocutores africanos contemporâneos.

Biografia do Autor

Angela Monteiro Pereira, Universidade Federal Fluminense - UFF

Mestra em Educação pela Universidade Federal Fluminense - Linha de Pesquisa: Linguagem, Cultura e Processos Formativos. Graduada em Comunicação Social e em Teatro. Pesquisadora do Grupo de Pesquisas e Estudos em Geografias da Infância (GRUPEGI - CNPq/UFF-UFJF). Áreas de interesse: as tradições ancestrais próprias das culturas da África Tradicional, pautadas na oralidade e no papel dos mestres das tradições orais, arcabouços para a compreensão dos conceitos de educação e de infãncia, de cultura, arte e filosofia estruturados por essas sociedades.

Jader Janer Moreira Lopes, UFF/UFJF

Professor Titular. Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1989), mestrado em Educação pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1998), doutorado em Educação pela Universidade Federal Fluminense (2003) e pós-doutorado pelo Internationaler Promotionsstudiengang Erziehungswissenchaft/Psychologie- INEDD, da Universität Siegen, Alemanha. Atualmente é professor do programa de pós Graduação em Educação da Universidade Federal Fluminense e da Universidade Federal de Juiz de Fora, onde orienta mestrado e doutorado. Atuou como membro do Grupo Gestor da Creche UFF. Coordenador do Grupo de Pesquisas e Estudos em Geografia da Infância (GRUPEGI). Foi vice coordenador do GT de Educação de Crianças de 0 a 7 anos da ANPED. Tem experiência na área de Geografia e Educação, Educação Infantil, bebês, crianças e suas infâncias, Desenvolvimento Humano e Teoria Histórico-cultural. Atua principalmente nos seguintes temas: Estudos sobre a Espacialização da Vida; Geografia - ensino/aprendizagem; Geografia da Infância; Educação Infantil, Desenvolvimento humano e Teoria Histórico-cultural.

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Publicado

10-05-2023

Como Citar

PEREIRA, Angela Monteiro; LOPES, Jader Janer Moreira. Em rodas de memórias: As africanidades em infâncias. Revista Teias, Rio de Janeiro, v. 24, p. 152–165, 2023. DOI: 10.12957/teias.2023.64866. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/revistateias/article/view/64866. Acesso em: 20 mar. 2025.

Edição

Seção

Infância, juventude: interseccionalidades