“Colega, senta que o babado é bom”: escolas, currículos e fuxicos
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2023.64209Palavras-chave:
Currículos, Fuxicos, Vontade de Verdade, Criança, Liberdade.Resumo
O artigo se propõe a enunciar e problematizar as forças dos fuxicos, mexericos e fofocas enquanto modos de sociabilidades, ressaltando sua importância para fazer circular narrativas que enfraquecem as intenções de controle da vida. O texto, desdobrando-se em perguntas e convites à arte da fofoca, faz da brincadeira do telefone sem fio não algo que nos aprisione a uma moral punitiva diante de nossas invencionices, mas que afirma nessa prática uma política formativa disforme. O fuxico aparece como força do vivo e exercício de coragem, potencializando os processos criativos. No fuxico, os currículos são dessacralizados. A santidade é borrada e o oficial é tornado provisório. Em práticas de liberdade, se valendo das ocasiões dos que se afetam, um currículo fuxiqueiro cresce e se desloca. Aposta nas fofocas e nos fuxicos justamente como essas forças que, espalhando-se sem rostos e sem nomes, enfraquecem todo o discurso de verdade que as forças controladoras se armam para ditar. O fuxico e os currículos fuxiqueiros insurgem para romper com a norma e com as intenções de verdade absolutas dos currículos que negam as invenções dos praticantes.
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