“Colega, senta que o babado é bom”: escolas, currículos e fuxicos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/teias.2023.64209

Palavras-chave:

Currículos, Fuxicos, Vontade de Verdade, Criança, Liberdade.

Resumo

O artigo se propõe a enunciar e problematizar as forças dos fuxicos, mexericos e fofocas enquanto modos de sociabilidades, ressaltando sua importância para fazer circular narrativas que enfraquecem as intenções de controle da vida. O texto, desdobrando-se em perguntas e convites à arte da fofoca, faz da brincadeira do telefone sem fio não algo que nos aprisione a uma moral punitiva diante de nossas invencionices, mas que afirma nessa prática uma política formativa disforme. O fuxico aparece como força do vivo e exercício de coragem, potencializando os processos criativos. No fuxico, os currículos são dessacralizados. A santidade é borrada e o oficial é tornado provisório. Em práticas de liberdade, se valendo das ocasiões dos que se afetam, um currículo fuxiqueiro cresce e se desloca. Aposta nas fofocas e nos fuxicos justamente como essas forças que, espalhando-se sem rostos e sem nomes, enfraquecem todo o discurso de verdade que as forças controladoras se armam para ditar. O fuxico e os currículos fuxiqueiros insurgem para romper com a norma e com as intenções de verdade absolutas dos currículos que negam as invenções dos praticantes.

Biografia do Autor

Steferson Zanoni Roseiro, Universidade Federal do Espírito Santo

Professor da Rede Municipal de Ensino de Cariacica/ES e doutorando no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Espírito Santo.

Nahun Thiaghor Lippaus Pires Gonçalves, Instituto Federal do Espírito Santo

Professor do Instituto Federal do Espírito Santo e Mestre em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo.

Alexsandro Rodrigues, Universidade Federal do Espírito Santo

Professor do Centro de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Institucional da Universidade Federal do Espírito Santo.

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Publicado

10-05-2023

Como Citar

Roseiro, S. Z., Gonçalves, N. T. L. P., & Rodrigues, A. (2023). “Colega, senta que o babado é bom”: escolas, currículos e fuxicos. Revista Teias, 24, 6–18. https://doi.org/10.12957/teias.2023.64209

Edição

Seção

Infância, juventude: interseccionalidades