Culturas quilombolas invisibilizadas nos currículos de formação de professores: caminhos em Freire para a humanização

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/teias.2021.62074

Palavras-chave:

culturas invisibilizadas, currículos, comunidades de remanescentes de quilombos, humanização, Paulo Freire.

Resumo

O presente artigo pondera a invisibilidade acerca de determinadas culturas nos currículos, sobretudo as comunidades de remanescentes de quilombos, bem como da importância dessas serem reconhecidas, acolhidas e valorizadas no seio das instituições educativas, desde as políticas públicas aos currículos e as práticas educativas. Apresenta como objetivo central: compreender as contribuições de Paulo Freire para o processo de humanização dos sujeitos e culturas invisibilizadas nos currículos, especificamente a dos povos quilombolas. A metodologia baseia-se na abordagem qualitativa e a análise a partir do referencial teórico e legislações/documentos selecionados. Com as contribuições de Freire (1981, 1987, 1997); García (1999); Feldmann (2009); Chiavenato (2012); Arroyo (2013); Santomé (2013); Chizotti (2014); Silva (2016) entre outros. Os resultados:  revelam  a necessidade da compreensão e de um olhar mais sensível a respeito do apagamento, ausência ou silenciamento de determinadas culturas,  nos currículos escolares e de formação de professores em detrimento de uma cultura dominante e hegemônica e,  a partir das contribuições freireanas evidencia-se que o caminho para a humanização dessas culturas,  intermediada por uma pedagogia crítico e emancipadora para libertação e anti-marginalização,  precisa partir  do “ser para si” no que concerne as suas próprias histórias e de suas realidades concretas, de modo a   reconhecer-se e acolher-se as suas especificidades e diversidade cultural, bem como  a busca  do “ser mais” por meio de suas vozes e relações com o mundo.  Ademais, faz-se necessários a visibilidade e o conhecimento sobre os povos/comunidades quilombolas que contribuíram e contribuem na constituição da sociedade brasileira.

Biografia do Autor

Andréia Regina Silva Cabral Libório, IFSP/PUC-SP

Doutoranda pelo Programa de Pós-graduação em Educação: Currículo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Mestra em Ensino de Ciências e Matemática pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP). Pedagoga do (IFSP) Campus Registro. Integrante do Grupo de Pesquisa (CNPq) – Formação de Professores e Cotidiano Escolar. Bolsista – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).Lattes: http://lattes.cnpq.br/9955006282999951

Marina Graziela Feldmann, PUC-SP

Doutora e mestre em Educação: Currículo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Professora Titular da Faculdade de Educação da PUC-SP. Docente e Pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo (PPGE) da PUC-SP.  Líder do Grupo de Pesquisa (CNPq) – Formação de Professores e Cotidiano Escolar. Lattes:  http://lattes.cnpq.br/5107177703842569

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Publicado

19-11-2021

Como Citar

CABRAL LIBÓRIO, Andréia Regina Silva; FELDMANN, Marina Graziela. Culturas quilombolas invisibilizadas nos currículos de formação de professores: caminhos em Freire para a humanização. Revista Teias, Rio de Janeiro, v. 22, n. 67, p. 262–276, 2021. DOI: 10.12957/teias.2021.62074. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/revistateias/article/view/62074. Acesso em: 8 dez. 2024.

Edição

Seção

Celebrar Paulo Freire: reencantar o mundo e as utopias