Da autonomia ao aprisionamento: a faceta conservadora e os ataques ao patrono da educação brasileira
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2021.62056Palavras-chave:
paulo freire, conservadorismo, neoliberalismo, fascismoResumo
Nos últimos anos Paulo Freire passou de patrono da educação à “energúmeno”, “ídolo de esquerda”. Essa radical, mas processual, mudança de posicionamento, ocasionou repercussões de proporção internacional. O que gerou um encadeamento de opiniões em torno da legitimidade das obras e da importância de Freire para a educação. Para entender o alto teor subjetivista empregado nessa situação, o ensaio busca compreender por que motivos estão contestando e execrando desde o golpe jurídico-midiático-parlamentar de 2016 o legado do educador brasileiro. O estudo orientado pelo materialismo histórico-dialético busca a partir do que está aparente identificar a essência das ações. Nesse sentido, a conjuntura política e econômica são bases que desvelam os ataques como parte do conjunto de estratégias que procuram inserir as políticas educacionais na lógica do mercado. O momento histórico atual evidencia o aprofundamento de programas direcionadas ao uso de técnicas que flexibilizam o ensino, controlam os tempos pedagógicos e o ambiente escolar. Os ataques a Freire são formas de imobilizar os movimentos que resistem e lutam para impedir o projeto de desmonte da educação pública.
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