DESCOLONIZAÇÃO E A PEDAGOGIA DA SOLIDARIEDADE

Autores

  • Rubén A. Gaztambide-Fernández

DOI:

https://doi.org/10.12957/teias.2019.47486

Resumo

O conceito de solidariedade é frequentemente evocado nos projetos de descolonização. Mais recentemente, no entanto, o fracasso em construir relacionamentos solidários que envolvam seriamente as demandas colocadas pela descolonização, provocou ceticismo e suspeita quanto à viabilidade da solidariedade. Uma consideração da genealogia, bem como dos múltiplos usos do conceito de solidariedade, revela algumas das maneiras pelas quais o conceito reinscreve a lógica colonial e opera para obscurecer a cumplicidade e a continuação da colonização. Ao mesmo tempo, é possível articular um conjunto de parâmetros para relações solidárias, através dos quais se constrói imaginativamente novas maneiras de entrar em relações com os outros. De fato, quando informada pelas falhas de respostas, como foram o multiculturalismo e o cosmopolitismo ao problema da diferença humana, a solidariedade continua sendo uma possibilidade importante. Este artigo propõe três meios para uma pedagogia da solidariedade comprometida com a descolonização. Defende as possibilidades de solidariedade relacional, transitiva e criativa como estratégia para reformular não apenas as relações humanas, mas também a própria noção do que significa ser humano, o que é crucial para a descolonização.

Palavras-chave: solidariedade, pedagogia, decolonização, analise cultural

Biografia do Autor

Rubén A. Gaztambide-Fernández

 

[1] Instituto Ontário para Estudos e Educação/ Universidade de Toronto, Canadá.

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Publicado

20-12-2019

Como Citar

GAZTAMBIDE-FERNÁNDEZ, Rubén A. DESCOLONIZAÇÃO E A PEDAGOGIA DA SOLIDARIEDADE. Revista Teias, Rio de Janeiro, v. 20, n. 59, p. 8–38, 2019. DOI: 10.12957/teias.2019.47486. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/revistateias/article/view/47486. Acesso em: 13 dez. 2024.

Edição

Seção

Outras epistemologias e metodologias nas investigações sobre currículo