O ENSINO DE HISTÓRIA E A BNCC: LIVROS DIDÁTICOS SOB UMA ANÁLISE COMPARATIVA

Resumo

As mudanças propostas para o currículo trazem a pauta discussões sobre o que deve ou não ser ensinado na escola. Apesar disso o ambiente escolar continua tendo papel fundamental e preponderante no que se refere ao processo de formação de indivíduos em nossa sociedade. Na tentativa de buscar meios para auxiliar esse processo, no tocante a aprendizagem, o livro didático é um dos muitos recursos ofertados ao professor. Apesar de frequentes críticas sobre produção e distribuição, o livro não perde seu lugar por ser ainda o material mais utilizado pelos professores no ensino das disciplinas, sendo uma ferramenta influente na prática de ensino, adotado muitas vezes como “manual” de instrução na falta de um planejamento que supere o conteúdo como forma de repetição. O desafio da prática pedagógica é associar as demandas curriculares ao ensino de forma geral e, neste trabalho em específico, ao ensino de história. Diante desse contexto, este artigo tem por objetivo, é analisar comparativamente alguns conteúdos de História  após as diretrizes da BNCC. Apoiamos-nos nas discussões de Lopes e Macedo (2011) sobre currículo, Bittencourt (2009) sobre ensino de história e livro didático. Para atingir nosso objetivo, fizemos uma análise comparativa em um corpus, composto por dois capítulos sobre o tema escravidão, de dois livros didáticos de história, sendo o primeiro exemplar anterior a BNCC e o segundo do novo currículo. Os critérios para análise foram: 1) Recorrência do tema nos dois livros e 2) Parâmetros sugeridos pelos órgãos normativos sobre a estrutura, conteúdo e respeito às diversidades, culturais e regionais. Nosso trabalho justifica-se pela necessidade de identificar as mudanças curriculares na busca de oferecer reflexões e discussões concernentes à aplicabilidade da BNCC na ação docente e nos recursos pedagógicos. Observando a estruturação, conteúdos, atividades e ilustrações nos livros didáticos, anteriores e posteriores a perspectiva da nova base, espera-se como resultados identificar o impacto dessa possível efetivação curricular no ensino de história