Saberes e interlocuções em redações de vestibular

Autores

  • Victória Wilson UERJ/FFP
  • Angélica Pereira da Silva Venturim UERJ/FFP

DOI:

https://doi.org/10.12957/soletras.2013.9349

Palavras-chave:

Gênero discursivo, Escrita, Dialogismo

Resumo

A presente pesquisa tem como objetivo investigar de que modo é dado o processo argumentativo na redação de vestibular. Considerando-se a especificidade do seu contexto de atuação, a abordagem de tal gênero revela marcas de interação singulares, as quais envolvem variadas representações ideológicas dos escreventes associadas a concepções sobre a escrita e os conhecimentos que circulam nos contextos sociais e escolares. Foram analisados textos de um concurso vestibular (2011), sob a perspectiva enunciativo-discursiva, especialmente, as concepções de dialogismo, responsividade (Bakhtin, 1986 [1929]) e gênero discursivo (Bakhtin,       2003 [1952]); a designação das diferentes representações do escrevente (Corrêa, 2004); e a presença da palavra de autoridade (Bakhtin, 1993 [1934]) para a tomada de posição dos escreventes na elaboração de seus textos. Essas compreensões são perpassadas pelo entendimento da enunciação como um ato argumentativo (Goulart, 2007), fundamentando a identificação das fontes de referência do candidato (cotidianas e institucionalizadas) e das estratégias construídas para se alcançar a aceitação de um interlocutor carregado de rotulações presumidas socialmente.

Biografia do Autor

Victória Wilson, UERJ/FFP

Professora associada da Faculdade de Formação de Professores da UERJ.

Angélica Pereira da Silva Venturim, UERJ/FFP

Bolsista de Iniciação à Docência vinculada ao projeto “A construção da escrita elaborada”.

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Publicado

2014-03-31

Edição

Seção

Dossiê: O ensino de língua(s) hoje: abordagens e desafios