Saber viver caboverdianamente: uma analítica do dispositivo da sexualidade em Na roda do sexo, de Fernando Monteiro.
DOI:
https://doi.org/10.12957/soletras.2021.59917Palabras clave:
Literatura cabo-verdiana contemporânea. Violência de gênero. Fernando Monteiro. Na roda do Sexo. Dispositivo da sexualidade.Resumen
As narrativas de Na roda do sexo (2009), de Fernando Monteiro, trazem uma dimensão bastante complexa do saber viver caboverdianamente, mostrando dimensões do universo familiar, do universo dos afetos e da dinâmica de gênero e sexualidade pouco exploradas pelo universo das literaturas africanas de língua portuguesa. Essas representações, ao mesmo tempo que reforçam a existência de um dispositivo da sexualidade regulador das dinâmicas populacionais, que investe sobre a vida como espécie e como corpo político, reforçam também a singularidade dessas ações, materializadas na forma de violências. Neste ensaio, abordou-se a violência de gênero, principalmente a que acomete mulheres à dominação masculina, a partir da leitura dos contos “Onde está Samira”, “Ponto-final” e “Descártavel”, presentes na obra de Monteiro. O objetivo do ensaio foi demonstrar como há dois movimentos simultâneos, não excludentes, presentes na literatura caboverdiana que, simultaneamente, trazem novas subjetividades para o universo das representações literárias, tais como gays, lésbicas, travestis e mulheres emancipadas, mas que reforçam os tipos de violências, simbólicas e físicas, sofridas por aqueles que ousam ser diferentes. Ainda assim, convém mencionar que essa analítica do dispositivo da sexualidade, tal como enunciado por Michel Foucault, em sua História da sexualidade: a vontade de saber, dá suporte às análises literárias realizadas na interface entre Literatura e Sociedade, pensando em como esses dois sistemas de representações se implicam mutuamente.
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