Um estudo panorâmico dos bolsilivros produzidos para o público masculino: O romance de mocinho
DOI:
https://doi.org/10.12957/soletras.2020.52914Palavras-chave:
Indústria cultural. Literatura narrativa de massa. Literatura, produção e consumo. Leitura. Romance.Resumo
Neste artigo apresento um panorama do romance impresso em papel-jornal e vendido no Brasil a baixo preço para consumo em massa por um público idealmente masculino. O panorama tem como fundamento a leitura de 101 romances de diferentes coleções e editoras, de seus paratextos, e de fontes secundárias. Ou seja, é um estudo do “romance de mocinho” contemporâneo, inserido em um processo de publicação globalizante; é também uma reflexão acerca da produção de entretenimento, de um lado e, do outro, dos efeitos que esse entretenimento pode provocar no consumidor. As histórias das coleções de literatura narrativa de massa visam a promover determinados interesses econômicos, sem outras preocupações, e submetem seu leitor a um bombardeio de repetições a tal ponto que acabam por criar a necessidade de consumo. As personagens dessas histórias são elaboradas de forma rígida, não mudam do começo ao fim, apenas reforçam uma identidade inicial confirmada a cada prova que ultrapassam. Após analisar os meios e fins da indústria, os esquemas formais e fabulares dessas narrativas, procurando identificar ainda seu leitor ideal, concluo que na própria fórmula literária que se estabelece nesses romances está inscrito o processo de formação de um leitor-consumidor psicologicamente dependente.
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