“Meditações” autobiográficas de Ana Plácido
DOI:
https://doi.org/10.12957/soletras.2017.30758Palavras-chave:
Ana Augusta Plácido, Autobiografia, MeditaçõesResumo
A escrita da história da literatura de autoria feminina do século XIX, em Portugal, fica incompleta se não incluirmos Ana Plácido (1831-1895), escritora lúcida e mulher corajosa que ousou ultrapassar as imposições sociais do seu tempo. Nascida na cidade do Porto em 27 de setembro de 1831, casou, por imposição paterna, aos 19 anos, com um rico “brasileiro”, 24 anos mais velho. Apaixonada por Camilo Castelo Branco, amor que brotara antes do casamento, viveu, ainda casada, um tumultuado romance, fato que provocou a prisão de ambos. Acusados de adultério, ficaram presos na Cadeia da Relação do Porto de 06 de junho de 1860 até serem absolvidos em 16 de outubro de 1861. No período em que ficou presa, Ana Augusta Plácido escreveu o livro Luz coada por ferros (1863), que reúne títulos diversos, entre os quais “Meditações”, obra autobiográfica que serve de corpus para este trabalho, cujo objetivo é analisar a escrita autobiográfica, a fim de traçar a biografia autoral e de destacar a sua produção intelectual. O suporte teórico parte do conceito de pacto autobiográfico de Philippe Lejeune (1995; 2014).
DOI: 10.12957/soletras.2017.30758
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