Quem nos olha pelos espelhos? A educação das relações étnico-raciais e o regime de visualidades
Resumo
Como nós negros e negras temos sido representados historicamente nas mídias, nos livros didáticos, nas propagandas e em outras narrativas que sustentam o racismo? Seriam tais representações os espelhos com os quais temos aprendido a ver o mundo e a nós mesmos? Estas e outras questões nos impulsionam a problematizar como os chamados regimes de visualidades presentes em nossa sociedade influem na educação do preconceito. Este texto, portanto, nasce na encruzilhada em que três pesquisas se encontram para refletir sobre o racismo, os projetos de embranquecimento e as consequentes dificuldades de pessoas negras identificarem-se como negras. Neste sentido, trabalhamos com autoras e autores como Gonzalo Curto, Stuart Hall para entendermos os conceitos de regime de visualidades e representação do povo negro. Buscamos também, a partir de leituras de Carlos Skliar e Grada Kilomba, compreender melhor como se dá a invenção do Outro, os diferentes que deverão ser excluídos. Bem como as produções de Patrícia Collins a fim de nos ajudar com seu conceito de imagens de controle para a manutenção da matriz de dominação. Com estes autores e autoras, dentre outros, articulamos narrativas fílmicas, dispositivos e recursos orais e imagéticos a fim de refletir sobre as imagens que permeiam o imaginário social e que atuam na produção, manutenção e atualização do racismo em nossa sociedade.
Palavras-chave
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PDFDOI: https://doi.org/10.12957/teias.2023.68515
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ISSN 1518-5370 [impresso] • 1982-0305 [eletrônico]
Teias, uma publicação eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Educação – ProPEd/UERJ
Qualis/Capes - A2 (2017/2018) DOI: 10.12957/teias