"Japonesa, abre o olho”: racismo, xenofobia e misoginia contra mulheres amarelas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/teias.2022.65978

Palavras-chave:

Estudos Culturais, educação, imigração, mulheres amarelas, xenofobia.

Resumo

Este artigo tematiza as diversas manifestações de ódio que acometem as mulheres amarelas. Assim, o objetivo desta pesquisa é problematizar as violências xenofóbicas, racistas e misóginas que, na contemporaneidade, atingem as identidades femininas nipônicas. Para isso, recorre-se aos Estudos da Cultura Visual como aporte teórico e metodológico, uma vez que considera que as imagens, em suas diversas manifestações, apresentam formas de se ver e estar no mundo.  A partir da pesquisa bibliográfica, foi realizada a contextualização histórica, cultural e social da chegada das/os imigrantes japonesas/es no Brasil. Em seguida, foi feita uma análise de discursos, obras de arte e outras visualidades que permeiam os significados estereotipados construídos acerca das identidades de mulheres amarelas, em especial no contexto da pandemia do COVID-19. Por fim, conclui-se que a educação possui potencial para construir novas narrativas que rompam preconceitos e respeitem as diferenças, uma vez que a sociedade contemporânea é composta por múltiplas identidades que interagem entre si.

Biografia do Autor

Julia Tiemi Kurihara, Universidade Estadual de Maringá

Artista visual. Graduada em Artes Visuais pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e estagiária no Centro de Ação Cultural (CAC). Membro do grupo de pesquisa em Arte, Educação e Imagens - ARTEI, desenvolve pesquisas sobre Ensino de Arte; Estudos da Cultura Visual; Gênero; Identidades Étnico-Raciais e Pigmentos Naturais.

João Paulo Baliscei, Universidade Estadual de Maringá

Doutor em Educação (2018) pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Estadual de Maringá com estudos na Facultad de Bellas Artes/ Universitat de Barcelona, Espanha. Mestre em Educação (2014) pela Universidade Estadual de Maringá; Especialista em Arte-Educação (2010) e Educação Especial (2011) pelo Instituto de Estudos Avançados e Pós-Graduação; e Graduado em Artes Visuais pelo Centro Universitário de Maringá (2009). É professor no curso de Artes Visuais na Universidade Estadual de Maringá; Coordenador do Grupo de Pesquisa em Arte, Educação e Imagens - ARTEI; Coordenador do Estágio Supervisionado em Artes Visuais (UEM), e artista visual com produções que versam sobre gênero e infâncias. Desenvolve pesquisas sobre Educação, Arte/ Ensino de Arte; Estudos Culturais; Estudos da Cultura Visual; Visualidades; Gênero e Masculinidades. É autor dos livros: "PROVOQUE: Cultura Visual, Masculinidades e ensino de Artes Visuais" (2020), "A vida de um Chuveirando" (2021) e "Não se nasce Azul ou Rosa, torna-se: Cultura Visual, Gênero e Infâncias" (2021); e organizador das coletâneas "Como pode uma Pedagogia viver fora da escola? Estudos sobre Pedagogias Culturais" (2020) e "É de menina ou menino? Imagens de Gêneros, Sexualidades e Educação" (2022).

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Publicado

28-05-2022

Como Citar

Kurihara, J. T., & Baliscei, J. P. (2022). "Japonesa, abre o olho”: racismo, xenofobia e misoginia contra mulheres amarelas. Revista Teias, 23(69), 273–293. https://doi.org/10.12957/teias.2022.65978

Edição

Seção

Migração e refúgio: desafios educativos entre desigualdades e diferenças