Sêneca e Paulo Freire: leitura como equipagem contra a stultitia contemporânea

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/teias.2021.61966

Palavras-chave:

negacionismo, conservadorismo, educação

Resumo

Este artigo, que resulta do recorte de uma pesquisa arquegenealógica que investigou a aula desde a tradição greco-romana às práticas pedagógicas inovadoras, busca refletir sobre a educação na Contemporaneidade, a partir do ferramental analítico foucaultiano da leitura como técnica de si. Para tal, aproxima a leitura como exercício espiritual praticada pelo estóico Sêneca e a leitura de mundo perspectivada pelo educador brasileiro Paulo Freire, no ano em que se celebra o centenário de seu nascimento. Essa aproximação se abre como uma possibilidade de enfrentamento às formas de vida atuais pautadas pela aceleração, fragmentação, e, recentemente, por ondas conservadoras e necrófilas, em que a opinião toma o lugar da ciência e a palavra perde sua potência e seu valor. A leitura demorada e atenta, portanto, vem a se constituir como uma forma de (re)existência, criando uma equipagem contra a stultitia contemporânea, para que se possa pensar outros modos de existência e outros mundos possíveis. 


Biografia do Autor

Maria Alice Gouvêa Campesato, Unisinos; Prefeitura Municipal de Porto Alegre

Doutora em Educação e Mestre em Gestão Educacional (UNISINOS, Brasil). Estágio Doutoral pelo Programa Capes/Print (Universidade de Lisboa, Portugal). Professora da Rede Pública do município de Porto Alegre (CMET Paulo Freire). Integrante do Grupo de Pesquisa Carcarás: Grupo de Estudo e Pesquisa entre Educação Filosófica, Escrita e Leitura.

Downloads

Publicado

19-11-2021

Como Citar

Campesato, M. A. G. (2021). Sêneca e Paulo Freire: leitura como equipagem contra a stultitia contemporânea. Revista Teias, 22(67), 43–55. https://doi.org/10.12957/teias.2021.61966

Edição

Seção

Celebrar Paulo Freire: reencantar o mundo e as utopias