Sêneca e Paulo Freire: leitura como equipagem contra a stultitia contemporânea

Maria Alice Gouvêa Campesato

Resumo


Este artigo, que resulta do recorte de uma pesquisa arquegenealógica que investigou a aula desde a tradição greco-romana às práticas pedagógicas inovadoras, busca refletir sobre a educação na Contemporaneidade, a partir do ferramental analítico foucaultiano da leitura como técnica de si. Para tal, aproxima a leitura como exercício espiritual praticada pelo estóico Sêneca e a leitura de mundo perspectivada pelo educador brasileiro Paulo Freire, no ano em que se celebra o centenário de seu nascimento. Essa aproximação se abre como uma possibilidade de enfrentamento às formas de vida atuais pautadas pela aceleração, fragmentação, e, recentemente, por ondas conservadoras e necrófilas, em que a opinião toma o lugar da ciência e a palavra perde sua potência e seu valor. A leitura demorada e atenta, portanto, vem a se constituir como uma forma de (re)existência, criando uma equipagem contra a stultitia contemporânea, para que se possa pensar outros modos de existência e outros mundos possíveis. 



Palavras-chave


negacionismo; conservadorismo; educação

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DOI: https://doi.org/10.12957/teias.2021.61966

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ISSN 1518-5370 [impresso] • 1982-0305 [eletrônico]
Teias, uma publicação eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Educação – ProPEd/UERJ
Qualis/Capes - A2 (2017/2018) 
DOI: 10.12957/teias

 

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