O fazer científico frente à perspectiva da não neutralidade
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2022.56011Palavras-chave:
Ciência neutra, Ciência não neutra, Postura do pesquisadorResumo
Este artigo propõe-se a refletir sobre questões relativas à neutralidade e não neutralidade das pesquisas científicas. Compartilha-se da concepção da não-neutralidade da ciência, buscando explicitar argumentos que justifiquem tal compreensão, implicações a serem evitadas, assim como possibilidades para o fazer científico. O estudo compreende uma pesquisa bibliográfica exploratória e analítica, se apoia em contribuições teóricas de Stengers (2002), Maturana (2001) e Dalmaso (2014), para discutir concepções e posturas necessárias ao/à pesquisador/a, ciente de que não há neutralidade nas produções científicas. Observou-se que é preciso envolver a sociedade no planejamento de pesquisas, para que, junto da comunidade científica, passem a ver a produção de conhecimentos como uma oportunidade para refletir sobre si mesmos e sobre o meio em que estão inseridos, comprometidos com desafios e problemas próprios de seus contextos sócio-históricos, atentos às demandas que surgem da coletividade e da pluralidade de ideias. Defende-se a necessidade de uma nova postura do pesquisador, ciente das possibilidades e reponsabilidades da perspectiva da não neutralidade, o que a nosso ver pode conferir maior credibilidade à prática científica.
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