Práticas docentes no ambiente prisional: entre a cela e a sala de aula
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2020.49685Palavras-chave:
Educação em prisões, práticas pedagógicas, docência na prisão.Resumo
No desígnio de conhecer a percepção de professoras e alunas quanto à realidade educacional em que estão inseridas, na Unidade Prisional Feminina (UPF) de Pedro Afonso, o objetivo propulsor desta pesquisa foi compreender como as docentes exercem sua prática pedagógica e como ocorre o processo de ensino e aprendizagem na referida instituição, lócus deste estudo. O corpus da investigação científica foi composto pelas narrativas de quatro professoras atuantes exclusivamente na UPF de Pedro Afonso e de três alunas que aceitaram, voluntariamente, participar do processo investigativo. A metodologia utilizada amparou-se na História Oral, que viabiliza o surgimento de vozes à margem dos direitos e da sociedade e realizada por meio das narrativas colhidas nas entrevistas individuais. Para consecução do roteiro semiestruturado de perguntas, vários fatores foram considerados, tais como: a forma de admissão das professoras, as técnicas e/ou práticas pedagógicas desenvolvidas e as possíveis contribuições oriundas da educação para a ressocialização das reeducandas. Por intermédio da sistematização, análise e entrelaçamento dos dados, descortinaram-se os resultados que evidenciaram um distanciamento entre a legislação e o cotidiano do sistema penitenciário, bem como a falta de materiais didáticos apropriados, salas multisseriadas e a inexistência de capacitação específica às professoras entrevistadas. Fatores determinantes que se configuram como verdadeiros desafios à prática docente no cárcere.
Palavras-chave: Educação em prisões; práticas pedagógicas; docência na prisão.
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