As filhas negras da mãe Amazônia em um fazer científico
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2020.49654Palavras-chave:
mulheres negras, amazônia, MESPTResumo
As mulheres negras ativistas amazônidas têm vivido, nesta década, o momento de maior transformação nas gerações. Embora suas dinâmicas tenham sido fundamentadas por meio de ensinamentos comunitários, desencadearam-se em rumos distintos em diferentes trajetórias de saberes. Alterações que estão relacionadas aos contextos de saberes tradicionais e conhecimentos científicos e à forma que se potencializaram as relações de interculturalidade dessas mulheres. Assim, o objetivo deste artigo é apresentar a visão de duas mulheres negras quilombolas sendo uma do estado do Amapá e a outra do estado do Tocantins, mulheres amazônidas, lajense e macacoariense, ativistas, há alguns anos, nos movimentos de mulheres negras e quilombolas, seja historicamente cultural, seja ideologicamente político, sobre o programa do Mestrado Profissional em Sustentabilidade junto a Povos e Terras Tradicionais (MESPT), proposto pela Universidade de Brasília (UnB), que, com o apoio do Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS), tem oportunizado estratégias de emancipação para a resistência de determinados povos diante das incertezas da educação pública. Este estudo se materializa apresentando uma organização de ideias a partir da fundamentação teórica bibliográfica, que apoia a abordagem qualitativa dos fatos históricos e sociológicos. Os resultados apontam que essas mulheres negras amazônidas têm um grande potencial na produção de conhecimento científico e cultural.
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