ARENDT E A CRISE DA EDUCAÇÃO COMO CRISE DO TEMPO HISTÓRICO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/teias.2019.44396

Palavras-chave:

Arendt, crise, educação, autoridade, tempo

Resumo

O artigo interpreta a crise da autoridade e a crise da educação, tal como diagnosticadas por Hannah Arendt, como expressões de uma crise da temporalidade e da historicidade no mundo moderno. Diferentes reflexões sobre a atual ordem do tempo apontam para a contemporaneidade como expressão de transformações sociais e tecnológicas das quais emergiu um novo regime de historicidade em que o presente se encontra cada vez mais prolongado, desconectado do passado, pobre em experiência, desprovido de direcionalidade e com o futuro cada vez mais opaco, administrado e imediato. A crise da educação seria hoje expressão do enfraquecimento da tensão entre novidade e memória provocada por esse presentismo que abole a articulação entre o passado e o futuro, transformando a cultura em mercadoria para o consumo instantâneo e voraz de adultos e jovens governados pelo ideal de felicidade momentânea e imediata.

Biografia do Autor

Rodrigo Ribeiro Alves Neto, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Professor do Departamento de Filosofia da UNIRIO e do PPGFIL da UFRN

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Publicado

16-09-2019

Como Citar

Alves Neto, R. R. (2019). ARENDT E A CRISE DA EDUCAÇÃO COMO CRISE DO TEMPO HISTÓRICO. Revista Teias, 20(58), 88–114. https://doi.org/10.12957/teias.2019.44396

Edição

Seção

Hannah Arendt: pensar sem corrimãos