PODE A LITERATURA SER UM MESTRE?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/teias.2019.37809

Palavras-chave:

Mestre, Educação, Literatura, Filosofia

Resumo

Partindo do diagnóstico nietzschiano das três tarefas para as quais necessitamos de mestres: “Deve-se aprender a ver, aprender a pensar, aprender a falar e escrever: o objetivo, nos três casos, é uma cultura nobre”. Minha proposta é pensar a literatura como o mestre capaz de realizar essas três tarefas. Utilizando Steiner (2018) intento responder o que é um mestre? Para que precisamos de um mestre? E, quais as características de um mestre? Neste recorte elenco ações de mestria e verifico sua plausibilidade quando exercidas pela literatura. Para verificar minha hipótese de literatura enquanto mestre utilizo a obra Ah, é? de Dalton Trevisan, observando suas potencialidades para as três tarefas de mestria: ensinar a ver - demorando o olhar e espiritualizando a vida; ensinar a pensar – para gestar os pensamentos como dança e por fim ensinar a falar e escrever – falar sem tagarelice, expressando as vivências mais íntimas e escrever visceralmente, com sangue e espírito. Penso que a literatura se apresenta como um mestre ao carregar consigo elementos de mestria, tais como: persuasão, provocação, transmissão, potencialização, autoridade, modelo, etc.

Biografia do Autor

Vilmar Martins, UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina

Possuo graduação em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC (2011), Pedagogia pela Universidade Estadual de Santa Catarina - UDESC (2015) e mestrado em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC (2014). Atualmente curso doutorado em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC.

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Publicado

16-06-2019

Como Citar

Martins, V. (2019). PODE A LITERATURA SER UM MESTRE?. Revista Teias, 20(57), 247–260. https://doi.org/10.12957/teias.2019.37809

Edição

Seção

Artigos de Demanda Contínua