PODE A LITERATURA SER UM MESTRE?
Resumo
Partindo do diagnóstico nietzschiano das três tarefas para as quais necessitamos de mestres: “Deve-se aprender a ver, aprender a pensar, aprender a falar e escrever: o objetivo, nos três casos, é uma cultura nobre”. Minha proposta é pensar a literatura como o mestre capaz de realizar essas três tarefas. Utilizando Steiner (2018) intento responder o que é um mestre? Para que precisamos de um mestre? E, quais as características de um mestre? Neste recorte elenco ações de mestria e verifico sua plausibilidade quando exercidas pela literatura. Para verificar minha hipótese de literatura enquanto mestre utilizo a obra Ah, é? de Dalton Trevisan, observando suas potencialidades para as três tarefas de mestria: ensinar a ver - demorando o olhar e espiritualizando a vida; ensinar a pensar – para gestar os pensamentos como dança e por fim ensinar a falar e escrever – falar sem tagarelice, expressando as vivências mais íntimas e escrever visceralmente, com sangue e espírito. Penso que a literatura se apresenta como um mestre ao carregar consigo elementos de mestria, tais como: persuasão, provocação, transmissão, potencialização, autoridade, modelo, etc.
Palavras-chave
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PDFDOI: https://doi.org/10.12957/teias.2019.37809
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ISSN 1518-5370 [impresso] • 1982-0305 [eletrônico]
Teias, uma publicação eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Educação – ProPEd/UERJ
Qualis/Capes - A2 (2017/2018) DOI: 10.12957/teias