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Resumo

Este texto trata da constituição de subjetividades docentes num curso de licenciatura em Matemática a distância. O objetivo é problematizar a autorresponsabilidade como princípio central do processo formativo. Seguindo pista dos estudos sobre governamentalidade, discute-se que a utilização da EaD não significa apenas a modernização da formação, mas uma estratégia de governo, na qual racionalidades transitam, interpelam as condutas docentes e lhes preparam para ação. Defende-se que a centralidade na autorresponsabilidade acirra o processo de constituição de sujeitos autorreferentes e crentes num tipo de empresariamento de si mesmos; que admitir a autorresponsabilidade como natural é desconsiderar a união entre formação, poder e governo das condutas docentes.