Educação e comunicação: caminhos que se cruzam, entre si e com as tecnologias
Resumo
Em 2029, o grupo de trabalho Educação e Comunicação (GT 16) da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Educação (ANPEd) estará perto do seus 40 anos de idade. Nesse ano, segundo o pesquisador Ray Kurzweil, especialista em Inteligência Artificial e criador das empresas Kurzweil Technologies1, os computadores estarão muito próximos do comportamento dos seres humanos, com um “supercérebro”, com o “nível humano de inteligência”. Para ele, “quando os computadores aprendem a fazer alguma coisa, conseguem fazê-la muito bem, na verdade melhor que os humanos.” (Nogueira, 2012).
Muitos de nós estará sendo testemunha ocular deste fato. Ou não!
Pensar esse futuro, demanda olhar o presente e, mais do que tudo, o passado.
São velozes e estrondosas as transformações que vivenciamos ao longo dos últimos anos. Hoje, uma única geração é capaz de ver nascer e morrer uma tecnologia, e a televisão, nascida no meio do século passado, é um dos melhores e mais contundentes exemplos. Não se faz e nem mesmo se vê televisão da mesma forma que víamos – sim, estamos falando de nós mesmos! - quando da nossa juventude.
Bill Evans, engenheiro da empresa Cisco, realizou um exercício de futurologia2 baseado em diversas fontes e nele destacou que o que conhecemos hoje é apenas 5% do que conheceremos em 2030, quando um disco rígido comprado por U$100 armazenará 11 petabytes, equivalente a mais de 600 anos de vídeo em qualidade dvd tocando 24 horas por dia; até 2015 se terá criado uma quantidade de informação equivalente a 92,5 milhões de bibliotecas do Congresso Americano e, na metade de 2020, já estará disponível o primeiro computador quântico. (EVANS, 2009)3.
O desenvolvimento científico e tecnológico é estrondoso e traz reflexos fundamentais para todos os sistemas sociais, a exemplo dos sistemas de comunicação e, particularmente, de educação.
A circulação de informações se dá de forma quase alucinada, da mesma maneira que a própria informação transforma-se em pequenas partículas, efêmeras, que circulam em pedaços velozmente. A memória deixa o corpo e passa a ocupar os objetos. Os objetos passam a ser introduzidos nos corpos, tornando corpos e máquinas, cada vez mais, indistinguíveis (COUTO, 2000; COUTO e GOELLNER, 2012).
Instaura-se a cibercultura com as inúmeras possibilidades de navegação no “novo” ciberespaço, no qual, como afirma Lucia Santaella,
não há separação entre mente e corpo, (…). Ao contrário, embora o corpo pareça imóvel, enquanto a mente viaja, os sentidos internos do corpo estão em tal nível de atividade, que o corpo, que dá suporte às inferências mentais de quem navega, é um corpo sensorialmente febril, internamente agitado. (2007, p. 14).
Muitos de nós estará sendo testemunha ocular deste fato. Ou não!
Pensar esse futuro, demanda olhar o presente e, mais do que tudo, o passado.
São velozes e estrondosas as transformações que vivenciamos ao longo dos últimos anos. Hoje, uma única geração é capaz de ver nascer e morrer uma tecnologia, e a televisão, nascida no meio do século passado, é um dos melhores e mais contundentes exemplos. Não se faz e nem mesmo se vê televisão da mesma forma que víamos – sim, estamos falando de nós mesmos! - quando da nossa juventude.
Bill Evans, engenheiro da empresa Cisco, realizou um exercício de futurologia2 baseado em diversas fontes e nele destacou que o que conhecemos hoje é apenas 5% do que conheceremos em 2030, quando um disco rígido comprado por U$100 armazenará 11 petabytes, equivalente a mais de 600 anos de vídeo em qualidade dvd tocando 24 horas por dia; até 2015 se terá criado uma quantidade de informação equivalente a 92,5 milhões de bibliotecas do Congresso Americano e, na metade de 2020, já estará disponível o primeiro computador quântico. (EVANS, 2009)3.
O desenvolvimento científico e tecnológico é estrondoso e traz reflexos fundamentais para todos os sistemas sociais, a exemplo dos sistemas de comunicação e, particularmente, de educação.
A circulação de informações se dá de forma quase alucinada, da mesma maneira que a própria informação transforma-se em pequenas partículas, efêmeras, que circulam em pedaços velozmente. A memória deixa o corpo e passa a ocupar os objetos. Os objetos passam a ser introduzidos nos corpos, tornando corpos e máquinas, cada vez mais, indistinguíveis (COUTO, 2000; COUTO e GOELLNER, 2012).
Instaura-se a cibercultura com as inúmeras possibilidades de navegação no “novo” ciberespaço, no qual, como afirma Lucia Santaella,
não há separação entre mente e corpo, (…). Ao contrário, embora o corpo pareça imóvel, enquanto a mente viaja, os sentidos internos do corpo estão em tal nível de atividade, que o corpo, que dá suporte às inferências mentais de quem navega, é um corpo sensorialmente febril, internamente agitado. (2007, p. 14).
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ISSN 1518-5370 [impresso] • 1982-0305 [eletrônico]
Teias, uma publicação eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Educação – ProPEd/UERJ
Qualis/Capes - A2 (2017/2018) DOI: 10.12957/teias