Satisfação das mulheres imigrantes com a assistência ao parto no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.12957/reuerj.2025.83862Palavras-chave:
Enfermagem Obstétrica, Maternidades, Qualidade da Assistência à Saúde, Satisfação do Paciente, Emigração e ImigraçãoResumo
Objetivo: avaliar a satisfação de mulheres imigrantes acerca da assistência ao parto no Brasil. Método: estudo qualitativo, sob o referencial teórico de Donabedian. Foram realizadas entrevistas com 14 mulheres imigrantes, submetidas à análise Discurso do Sujeito Coletivo. O protocolo de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: obteve-se cinco ideias centrais agrupadas em dois temas. O tema 1, satisfação com o atendimento dos serviços de saúde, teve como ideias centrais: práticas baseadas em evidências científicas e o papel da equipe de saúde; comparação entre vivências anteriores em outros países; e acolhimento e garantia da assistência em saúde à mulher imigrante. O tema 2, insatisfações durante o processo de nascimento, teve como ideias centrais: descontentamentos em relação às intervenções; e espaço físico inadequado. Considerações finais: as mulheres mostraram-se satisfeitas com alguns aspectos do nascimento, porém, pontuaram fragilidades importantes que apresentam impacto na qualidade da assistência obstétrica.
Referências
1. Gazar T N, Cordeiro GO, Souza JM. Womens’ perceptions on the childbirth experience in a public maternity hospital in Bahia, Brazil. Rev baiana saúde pública. 2022 [cited 2023 Sep 19]; 45(1):36-53. DOI: https://doi.org/10.22278/2318-2660.2021.v45.n1.a3480.
2. Supimpa LS, Souza SRRK, Prandini NR, Andreatta D, Trigueiro TH, Paviani BA. Immigrant women’s experience of labor and birth. Rev esc enferm USP. 2023 [cited 2023 Sep 19]; 57(spe):e20220444. DOI: https://doi.org/10.1590/1980-220X-REEUSP-2022-0444en.
3. Brasil. Ministério da Saúde. Diretriz nacional de assistência ao parto normal: versão preliminar. Brasília (DF): Minitério da Saúde; 2022 [cited 2023 Sep 23]. Available from: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/diretriz_assistencia_parto_normal.pdf.
4. Souza JB, Heidemann ITSB, Pitilin EB, Bitencourt JVOV, Vendruscolo C, Brum CN. Social determinants of health of Haitian immigrant women: repercussions in facing COVID-19. Rev. Eletr. Enferm. 2020 [cited 2023 Sep 25]; 22:64362. DOI: https://doi.org/10.5216/ree.v22.64362.
5. Cavalcanti L, Oliveira T, Macedo M. Relatório Anual 2021 – 2011-2020: uma década de desafios para a imigração e o refúgio no Brasil. Série Migrações. Brasília (DF): Observatório das Migrações Internacionais; Ministério da Justiça e Segurança Pública/ Conselho Nacional de Imigração e Coordenação Geral de Imigração Laboral; 2021 [cited 2023 Oct 03]. Available from: https://portaldeimigracao.mj.gov.br/pt/dados/relatorios-a.
6. Rocha ASPS, Cunha TR, Guiotoku S, Moysés ST. Acesso f Haitian migrants to public health: a bioethical issue. Rev. Bioét. 2020 [cited 2023 Oct 05]; 28(2):384-9. DOI: https://doi.org/10.1590/1983-80422020282400.
7. Souza VRS, Marziale MHP, Silva GTR, Nascimento PL. Tradução e validação para a língua portuguesa e avaliação do guia COREQ. Acta Paul Enferm. 2021 [cited 2023 Oct 20]; 34:eAPE02631. DOI: https://doi.org/10.37689/acta-ape/2021AO02631.
8. Donabedian A. The definition of quality and approaches to its assessment: Explorations in quality assessment and monitoring. Ann Arbor: Health Administration Press, 1980.
9. Donabedian A. The Seven Pillars of Quality. Arch Pathol Lab Med. 1990; 114:1115-9.
10. Ribeiro J, Souza FN. de, Lobão C. Editorial: saturação da análise na investigação qualitativa: quando parar de recolher dados? Rev. Pesq. Qual. 2018 [citec 2023 Oct 05]; 6(10):iii-vii. Available from: https://editora.sepq.org.br/rpq/article/view/213.
11. Lefevre F, Lefevre AMC. Discurso do sujeito coletivo: representações sociais e intervenções comunicativas. Texto-Contexto Enferm. 2014 [cited 2023 Oct 07]; 23(2):502-7. DOI: https://doi.org/10.1590/0104-07072014000000014.
12. Gonçalves DS, Moura MAV, Pereira ALF, Queiroz ABA, Santos CA, Torquato HDM. Satisfaction and dissatisfaction with normal birth from the care quality attributes standpoint. Rev enferm UERJ. 2021 [cited 2023 Oct 06]; 29(1):e59021. DOI: https://doi.org/10.12957/reuerj.2021.59021.
13. Nahaee J, Mohammad-Alizadeh-Charandabi S, Abbas-Alizadeh F, Martin CR, Martin CJH, Mighafourvand M, et al. Pre and during-labour predictors of low birth satisfaction among Iranian women: a prospective analytical study. BMC Pregnancy Childbirth. 2020 [cited 2023 Oct 22]; 20(1):408. DOI: https://doi.org/10.1186/s12884-020-03105-5.
14. Arrebola RN, Mahía LP, López SB, Castiñeira NL, Pillado TS, Díaz SP. Women’s satisfaction with childbirth and postpartum care and associated variables. Rev Esc Enferm USP. 2021 [cited 2023 Nov 03]; 55:e:03720. DOI: https://doi.org/10.1590/S1980-220X2020006603720.
15. Duarte VF, Giuliani CD. Comunicação dos imigrantes haitianos: acesso a saúde no Brasil. Revft. 2023 [cited 2023 Nov 03]; 125. DOI: http://dx.doi.org/10.5281/zenodo.8237345.
16. Bomfim ANA, Couto TM, Lima KTRS, Almeida LTS, Santo GO, Santana AT. Women’s perceptions about nursing care during normal birth. Rev baiana enferm. 2021 [cited 2023 Nov 03]; 35:e39087. DOI: https://doi.org/10.18471/rbe.v35.39087.
17. Vale HS, Rocha MR, Conceição HN, Lima GLB, Silva GPC, Silva BA, et al. Satisfaction of pregnant women attended in primary health care. Enferm. Foco. 2022 [cited 2023 Nov 11]; 13:e202247ESP1. DOI: https://dx.doi.org/10.21675/2357-707X.2022.v13.e-202247ESP1.
18. Brasil. Constituição 1988. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Senado Federal; 2016 [cited 2023 Oct 30]. Available from: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf.
19. Lima KD, Lewis L, Lyra TM. The dark of colors, in the afro-descendant skin, heir of pain": dimensions of racism in the context of childbirth care. Physis. 2021 [cited 2023 Oct 30]; 31(1):e310119, 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-73312021310119.
20. Klein BE, Gouveia HG. Use of non-pharmacological pain relief methods in labor. Cogitare Enferm. 2022 [cited 2023 Nov 11]; 27:e80300. DOI: https://doi.org/10.5380/ce.v27i0.80300.
21. Organização Mundial de Saúde. Maternidade segura. Assistência ao parto normal: um guia prático [Site de Internet] Genebra: OMS, 1996 [cited 2023 Nov 30]. Available from: http://abenfo.redesindical.com.br/materias.php?subcategoriaId=2&id=56&pagina=1&.
22. Lima KD, Pimentel C, Lyra TM. Racial disparities: an analysis of obstetrical violence among Afro-Brazilian women. Ciênc. saúde coletiva. 2021 [cited 2023 Nov 16]; 26(3):4909-18. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-812320212611.3.24242019.
23. World Health Organization. WHO recommendations: intrapartum care for a positive childbirth experience. Geneva: World Health Organization [Site de Internet]. Genebra: WHO, 2018[cited 2023 Nov 16]. Available from: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/260178/9789241550215-eng.pdf?sequence=1.
24. Conesa FMB, Camacho AM, Hernández SE, López MEM, Marín CE. Estudio descriptivo de los resultados obstétricos y neonatales en dos modelos de asistencia al parto en primíparas. Enfermería. 2022 [cited 2023 Nov 30]; 11(2):e2798. DOI: https://doi.org/10.22235/ech.v11i2.2798.
25. Bentancur GC, Riganti AA, Celio SN, Sosa S, Verges M. Humanización de los cuidados en salud, Maternidad Pública de Rocha, 2014-2016. Rev. urug. enferm. 2022 [cited 2023 Nov 18]; 17(2):e205. Available from: https://busqueda.bvsalud.org/portal/resource/es/biblio-1392873.
26. Brasil. Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual da Saúde. Dicas de Saúde [Site de Internet]. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2019 [cited 2025 jun 02]. Available from: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/170_ambiencia.html.
27. Pinto KRTF, Zani AV, Bernardy CCF, Parada CMGL. Percepciones de la puérpera sobre la asistencia en el parto: un estudio descriptivo. Online braz. j. nurs. 2020 [cited 2023 Nov 30]; 19(4):1-11. Available from: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1151567.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Pamela Panas dos Santos Oliveira, Adriana Valongo Zani, Catia Campaner Ferrari Bernardy, Emily Marques Alves, Milena Passarelli Cortez, Sebastião Caldeira, Keli Regiane Tomeleri da Fonseca Pinto

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Ao publicar na Revista Enfermagem UERJ, os autores declaram que o trabalho é de sua exclusiva autoria e assumem, portanto, total responsabilidade pelo seu conteúdo.
Os autores retêm os direitos autorais de seu artigo e concordam em licenciar seu trabalho usando uma Licença Pública Internacional Creative Commons Atribuição (CC BY), aceitando assim os termos e condições desta licença (https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/legalcode.en), que permite que o material criado pelo autor pode ser distribuído, copiado e exibido por terceiros. O trabalho original deve ser citado e apresentar um link para o artigo disponível no site da revista em que foi publicado.
Os Direitos Autorais dos artigos publicados na Revista Enfermagem UERJ pertencem ao(s) seu(s) respectivo(s) autor(es), com os direitos de primeira publicação cedidos à Revista Enfermagem UERJ, com o trabalho simultaneamente licenciado sob uma Licença Creative Commons CC BY, a qual permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista
Os autores concedem à Revista Enfermagem UERJ o direito de primeira publicação, de se identificar como publicadora original do trabalho e concedem à revista uma licença de direitos não exclusivos para utilizar o trabalho das seguintes formas:
- Vender e/ou distribuir o trabalho em cópias impressas e/ou em formato eletrônico;
- Distribuir partes e/ou o trabalho como um todo com o objetivo de promover a revista por meio da internet e outras mídias digitais e impressas;
- Gravar e reproduzir o trabalho em qualquer formato, incluindo mídia digital.
Em consonância com as políticas da revista, a cada artigo publicado será atribuída uma licença Creative Commons Atribuição (CC BY).