aprendizado como “mundização”: decentralizando a educação “não-egológica” de gert biesta
DOI:
https://doi.org/10.12957/childphilo.2017.29956Palavras-chave:
biesta, educação pós-humana, física quântica, feminismoResumo
O filósofo da educação Gert Biesta apresentou uma conferência no 18th ICPIC em Madri e publicou seu artigo neste Dossier. Neste artigo, os coloco no contexto das atuais conversações transdisciplinares da academia sobre subjetividade pós-humana. Prestando a devida atenção à relação entre o si mesmo e o mundo implicada na proposta de Biesta (uma mudança do “eu” antes do mundo para o “eu” chamado para o mundo), mostro como o pós-humanismo crítico produz uma mudança ontológica mais radical (“eu” como parte do mundo), com implicações para a subjetividade assumida em filosofia para crianças (P4C), e na educação de maneira mais geral. Através da leitura feminista da teoria quântica de Karen Barad exponho a natureza política (ocidental) do “eu” como significador transcendental e através da inclusão de corpos não-humanos, a educação 'não-egológica' proposta por Biesta é descentrada. Concluo que o aprendizado não ocorre no sujeito (com o qual Biesta está também preocupado), nem entre dois ou mais sujeitos humanos e o mundo, mas que é um processo de construção de mundo material-discursivo: uma “mundização” ('worlding', Haraway, 2016). Ilustro minha proposta por uma maneira 'worlding' de trabalhar em filosofia para crianças através do exemplo do conceito de 'animal de estimação'Downloads
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Publicado
2017-09-08
Como Citar
MURRIS, Karin. aprendizado como “mundização”: decentralizando a educação “não-egológica” de gert biesta. childhood & philosophy, Rio de Janeiro, v. 13, n. 28, p. 453–469, 2017. DOI: 10.12957/childphilo.2017.29956. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/29956. Acesso em: 1 maio. 2025.
Edição
Seção
dossiê