corpo como potência e experiência na perspectiva de crianças pequenas: diálogos possíveis entre filosofia e educação infantil

Autores

  • márcia buss-simão Doutora em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação - PPGE Linha de Ensino e Formaão de Educadores Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências da Educação Núcleo de Estudos e Pesquisas de Educação na Pequena Infância - NUPEIN

Palavras-chave:

Early Childhood Education, Philosophy of Childhood, experience, potency, body.

Resumo

O presente texto procura colocar em diálogo reflexões do campo da Filosofia da Infância com os da Educação Infantil. Além das contribuições teóricas pretende fazer conexões com situações observadas em uma pesquisa de doutorado na qual as relações com o espaço e o tempo são entrelaçadas com as do corpo como experiência que surgem nas relações que as crianças estabelecem com seus machucados, ou como elas definem, seus ‘dodóis’. Nessas relações duas particularidades podem ser observadas: uma primeira é que as crianças percebem o corpo como uma experiência contextualizada com o mundo social e material, ou seja, elas não percebem seus corpos separados dos espaços. Uma segunda particularidade é que as crianças trazem a possibilidade do tempo aión como uma aproximação à experiência, uma compreensão do tempo entrelaçado com pessoas, espaços, lugares e ações em que evidencia também relações, emoções e encontros. Dando seqüência as reflexões o texto pretende trazer para o diálogo também situações nas quais são tema entre as crianças as expressões dos sentimentos e das emoções e ainda situações que envolvem suas excreções como as ‘melecas’ e os ‘ranhos’ trazendo uma potencialidade para se pensar as relações entre corpo, infância e educação. A partir da compreensão de uma infância como experiência, como acontecimento que rompe com a história, pretende pensar indicações para uma infância da educação e não já apenas uma educação da infância. Essa necessidade de se pensar uma infância da educação, e não já apenas uma educação da infância parece simples, mas requer um outro ‘olhar’, requer ‘jogar fora’, ou pelo menos questionar, problematizar parte de nossa história para que seja possível pensar em condições de outras ordens, outros valores, enfim, outra educação. Ou seja, uma educação, em que se ‘olha’ não apenas os processos de desenvolvimento das crianças, mas também os seus conhecimentos, as suas produções, as suas manifestações, as suas preferências, as suas interações e particularmente as suas experiências.

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Biografia do Autor

márcia buss-simão, Doutora em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação - PPGE Linha de Ensino e Formaão de Educadores Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências da Educação Núcleo de Estudos e Pesquisas de Educação na Pequena Infância - NUPEIN

Doutora em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação na Universidade Federal de Santa Catarina na linha de pesquisa Ensino e Formação de Educadores realizando, no momento, parte de seu doutoramento na Goethe Universität de Frankfurt am Main na Alemanha. É mestre em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (2005-2007) na linha de pesquisa Educação e Infância. Possui Graduação de Licenciatura em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Catarina (1993). É pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas da Educação na Pequena Infância (NUPEIN). Tem experiência na área de Educação, com ênfase na Educação Infantil, atuando principalmente nos seguintes temas: educação, infância, corpo, movimento, educação física escolar e desenvolve pesquisa em educação.

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Publicado

2013-01-08

Como Citar

BUSS-SIMÃO, Márcia. corpo como potência e experiência na perspectiva de crianças pequenas: diálogos possíveis entre filosofia e educação infantil. childhood & philosophy, Rio de Janeiro, v. 8, n. 16, p. 327–353, 2013. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/20727. Acesso em: 3 maio. 2025.

Edição

Seção

artigos