o enquadramento aporético na filosofia para crianças e adolecentes ou como fazer avançar o pensamento de crianças e adolecentes pondo à prova sua compreensão
Palavras-chave:
aporie, Platon, platonisme, logique d'inférence, socio-constructivisme, actes de langages, animation en philosophieResumo
Desenvolver o pensamento crítico dos jovens, na perspectiva de fazer deles adultos capazes de pensar de maneira autônoma, eis a ideia forte que perseguem muitos atores do mundo da educação e do ensino. Resta colocar em prática os meios de atingir essa finalidade. A prática da PPEA é nesse sentido um meio privilegiado para conseguir. Por entre os métodos que põem em cena uma comunidade de investigação ocupada em filosofar, o enquadramento aporético privilegia a emergência das oposições, das divergências de ponto de vista, dos limites do raciocínio, e outras contradições da reflexão dos jovens implicados na discussão filosófica. Ele cultiva a aporia, supondo que o encontro com a alteridade torna patente o aprofundamento do pensamento, encorajando-o a se sair da dificuldade em que acaba forçosamente se encontrando. Trata-se aqui, em um primeiro tempo, de apresentar os fundamentos teóricos do enquadramento aporético que são o platonismo e o seu diálogo socrático, a lógica da inferência e seu caminho operatório de identificações conceituais que repousam na oposição, o socioconstrutivismo e o seu conflito sócio-cognitivo, e a teoria dos atos de fala e seus valores ilocutórios e perlocutórios. Em um segundo tempo, trata-se de expor a praticabilidade do enquadramento aporético em PPEA, evocando o estado de espírito, mas também as ferramentas de animação, que o animador deve adotar para lidar com a aporia como se fosse uma alavanca que facilita a autonomia de pensamento dos jovens que beneficiam de tal enquadramento.Downloads
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Publicado
2014-07-29
Como Citar
HESS, Anne-claude. o enquadramento aporético na filosofia para crianças e adolecentes ou como fazer avançar o pensamento de crianças e adolecentes pondo à prova sua compreensão. childhood & philosophy, Rio de Janeiro, v. 10, n. 19, p. 56–86, 2014. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/20691. Acesso em: 2 maio. 2025.
Edição
Seção
artigos