crescimento ou viver filosoficamente?
DOI:
https://doi.org/10.12957/childphilo.2017.30012Palavras-chave:
filosofia para crianças, criança, “crescimento”, filosofia prática, comunidade de investigação filosóficaResumo
Este artigo trata de um elemento particular da apresentação de Gert Biesta na Conferência da International Council for Philosophical Inquiry with Children, em Madri, em 2017: a noção de “crescimento” e como ela pode ser problemática na prática da Filosofia com Crianças. O “crescimento” de Biesta parece implicar uma visão deficitária das crianças, apesar de sua sugestão de que o conceito não se trata de um conceito de desenvolvimento. É proposto aqui que a ideia de “crescimento” exige que as crianças sejam posicionadas por outros – adultos – que acabam por negar a sua agência e falham em permitir que elas possam ser ativas no mundo que habitam. A sugestão de Biesta, de que o “crescimento” é sobre “um modo de se estar no mundo” é discutida em relação a como a Filosofia para Crianças encoraja positivamente os participantes a engajar-se em questões de interesse deles mesmos e dos outros, em uma comunidade de investigação filosófica. A comunidade é vista como crucial no apoio aos indivíduos em reconhecer o mundo e os outros a viver e pensar melhor. É sugerido que isto é uma questão de viver filosoficamente em vez de ser “crescido” (“grown-up”). O artigo conclui que a ênfase no elemento filosófico da prática ao invés de na criança que a exerce pode falar da visão deficitária de crianças/criança que é projetada por Biesta. Considerando a “era da instrumentalização”, como Biesta a chama, e como a filosofia para crianças deve enfrentá-la, talvez seja mais eficaz falarmos sobre filosofia prática ou comunidade de investigação filosófica, onde o status criança/adulto não está no foco.Downloads
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Publicado
2017-09-08
Como Citar
CASSIDY, Claire. crescimento ou viver filosoficamente?. childhood & philosophy, Rio de Janeiro, v. 13, n. 28, p. 481–492, 2017. DOI: 10.12957/childphilo.2017.30012. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/30012. Acesso em: 1 maio. 2025.
Edição
Seção
dossiê