“Quando ainda não era...”: gêneses múltiplas, sonhos e metamorfoses em Poranduba – “ópera rumor”, de Lúcia Pimentel Góes
DOI:
https://doi.org/10.12957/soletras.2024.85548Resumo
A temática indígena percorre a literatura brasileira desde as suas primeiras manifestações. Durante anos, o indígena passou a ser tema de escritos religiosos, políticos, literários, científicos e antropológicos. Este trabalho analisa Poranduba – texto resultante de pesquisa de Lúcia Pimentel Góes sobre lendas, contos zoológicos e astronômicos, cantigas indígenas, com índices de uma cosmogonia que alude a um mundo criado por gêneses múltiplas e metamorfoses. Trata-se de uma ópera destinada ao público infantil e juvenil. Composta por libreto, musicalizada pelo maestro Villani-Côrtes, essa “ópera rumor” é narrativa estruturada por uma pluralidade de linguagens. O fato é que abordar narrativas reservadas a expressões tão peculiares, a cosmologias tão específicas, leva-nos a pensar como esses vestígios de signos falantes podem figurar-se como testemunhos de importantes representações, mas sempre deslocados de seus contextos e à disposição de espaços distantes daqueles que estiveram na origem da sua produção. Poranduba é visitada pela via da Semiótica e a partir dos Estudos Comparados, buscando traçar diálogos entre culturas, artes e saberes.
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