“Quando ainda não era...”: gêneses múltiplas, sonhos e metamorfoses em Poranduba – “ópera rumor”, de Lúcia Pimentel Góes

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.12957/soletras.2024.85548

Resumen

A temática indígena percorre a literatura brasileira desde as suas primeiras manifestações. Durante anos, o indígena passou a ser tema de escritos religiosos, políticos, literários, científicos e antropológicos. Este trabalho analisa Poranduba – texto resultante de pesquisa de Lúcia Pimentel Góes sobre lendas, contos zoológicos e astronômicos, cantigas indígenas, com índices de uma cosmogonia que alude a um mundo criado por gêneses múltiplas e metamorfoses. Trata-se de uma ópera destinada ao público infantil e juvenil. Composta por libreto, musicalizada pelo maestro Villani-Côrtes, essa “ópera rumor” é narrativa estruturada por uma pluralidade de linguagens. O fato é que abordar narrativas reservadas a expressões tão peculiares, a cosmologias tão específicas, leva-nos a pensar como esses vestígios de signos falantes podem figurar-se como testemunhos de importantes representações, mas sempre deslocados de seus contextos e à disposição de espaços distantes daqueles que estiveram na origem da sua produção. Poranduba é visitada pela via da Semiótica e a partir dos Estudos Comparados, buscando traçar diálogos entre culturas, artes e saberes.

Biografía del autor/a

Maria Zilda da Cunha, Universidade de São Paulo

Professora doutora na Universidade de São Paulo; com pós-doutorado em Estudos Portugueses e Lusófonos no Instituto de Letras e Ciências Humanas da Universidade do Minho, Portugal (2018) e pós- doutorado em Ciências, Educação e Humanidades pela UER (2016); Doutora em Letras, Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa - pela Universidade de São Paulo (2002); Mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1997). Graduada em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Nossa Sra do Patrocínio (1977), em Letras pela Faculdade de Ciências e Letras de Bragança Paulista (1973), em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1972), com pós-graduação em Psicopedagogia pelo Instituto Sedes Sapiense (1989), especialização em Psicomotricidade pelo Instituto GAE (1991). Coordenadora da área de Literatura Infantil e Juvenil FFLCH/USP. Líder do grupo de Pesquisa: Produções Literárias e Culturais para Crianças e Jovens (CNPQ), vinculado à Universidade de São Paulo. Conselheira editorial das seguintes revistas: Revista Crioula, Revista Via Atlântica, Revista de estudos de linguística e literatura: tópicos de linguagem; Revista Literartes. Tem experiência nas áreas semiótica e ciências cognitivas, com ênfase nos estudos de processos de aquisição da linguagem pela criança; produção destacada nos estudos comparados de Literatura e outras artes e literatura e novas tecnologias. Desenvolve junto à pró-reitoria de pesquisa e extensão, como coordenadora responsável, o projeto de extensão universitária Diálogos Híbridos na formação do leitor literário: teoria, prática e experimentação. Desenvolve junto a alunos de graduação e comunidades escolares o projeto Criança e Linguagem: a leitura em intertextos de autoria e recepção. Professora do Mestrado profissional – Profletras, Pesquisadora do CNP.

 

Maria Auxiliadora Fontana Baseio, Faculdade Rudolf Steiner

Doutora em Letras pela USP com pós-doutorado na Universidade do Minho. Docente e coordenadora de pesquisa da Faculdade Rudolf Steiner, colaboradora na diretoria do Instituto Maiana, organização não governamental de formação de professores para a primeira infância.

 

Publicado

2024-08-30

Número

Sección

Dossiê 49: Literatura Infantil e Juvenil contemporânea: inquietações e metamorfoses